Porto Alegre, 2 de outubro de 2020 – O mercado brasileiro de carne suína registrou um quadro de preços firmes ao longo de setembro, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado. “A oferta de animais nos estados esteve enxuta frente à demanda aquecida por parte dos frigoríficos ao longo do mês. Também houve repasses por parte dos produtores aos preços do quilo vivo diante do aumento nos custos de produção”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
A procura pela carne suína no mercado doméstico tende a avançar no curto prazo, com entrada de salários na economia, o que também é uma variável de alta. “O alto preço da carne bovina pode levar parte dos consumidores a optarem pelos cortes suínos”, sinaliza.
Conforme Maia, a disponibilidade de carne suína deve seguir ajustada nas próximas semanas considerando que os animais permanecem sendo abatidos com pesos leves. “Além disso, o fluxo de exportações segue bastante efetivo também”, destaca.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 4,51% ao longo do mês, de R$ 6,54 para R$ 6,84. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 11,31 para R$ 12,29, aumento de 8,59%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 11,29, ante os R$ 10,50 praticados no começo de setembro, com valorização de 7,50%.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 176,048 milhões em setembro (21 dias úteis), com média diária de US$ 8,383 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 76,053 mil toneladas,
com média diária de 3,621 mil toneladas. O preço médio ficou em US$
2.314,80.
Na comparação com setembro de 2019, houve avanço de 35,45% no valor médio diário exportado, ganho de 35,80% na quantidade média diária e queda de 0,26% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 150,00 para R$ 153,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,55 para R$ 4,75. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 7,10 para R$ 7,40.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração subiu de R$ 4,70 para R$ 4,90. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 7,40 para R$ 7,85. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 7,20 para R$ 7,60 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo aumentou de R$ 4,80 para R$ 5,00.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração subiu de R$ 4,80 para R$ 5,10, enquanto em Campo Grande o preço passou de R$ 6,50 para R$ 6,80. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 7,50 para R$ 7,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno avançou de R$ 7,80 para R$ 8,20. No mercado independente mineiro, o preço teve elevação de R$ 7,90 para R$ 8,30. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado mudou de R$ 4,70 para R$ 4,80. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 6,70 para R$ 6,80.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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