Porto Alegre, 4 de dezembro de 2020 – O mercado brasileiro de algodão teve uma semana de preços em queda, com os referenciais sempre ajustados à paridade de exportação.
A queda combinada no câmbio e na Bolsa de Nova York derrubou a paridade de exportação e voltou a achatar as cotações do algodão no Brasil na quinta-feira. Na média do CIF do polo industrial paulista a pluma fechou cotada a R$ 3,93/libra-peso, com recuo de 1,3% em relação ao dia anterior e acumulando queda de 2,2% e alta de 50,6%, em relação ao mesmo período do mês e do ano passado, respectivamente.
No FOB do porto de Santos a indicação chegou ao final do mês a 76,15 cents de dólar por libra-peso, com alta de 8,3% em relação ao mês passado e num valor 7,1% superior ao da cotação do contrato de maior liquidez cotado na Bolsa de Nova York (março/21). Há um mês a pluma nacional era 1,3% inferior à norte-americana e no mesmo período do ano anterior 1,9% inferior.
As exportações de algodão do Brasil renderam US$ 500,095 milhões em novembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 25,004 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 333,3 mil toneladas, com média diária de 16,664 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.500,05.
Em relação a novembro de 2019, houve alta de 21,28% no valor médio diário da exportação, ganho de 29,94% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,67% no preço médio.
Neste mês, as estimativas da safra de algodão não foram modificadas para Mato Grosso, indica o IMEA. As incertezas quanto à semeadura da 2 safra refletem na manutenção dos dados e, com isso, a redução de 10,60% na área foi mantida, ficando estimado que na próxima temporada possa ser semeado 1,01 milhão de hectares. Por fim, no que se refere à produtividade a estimativa continuou em 285,13@/há e a produção em 4,33 milhões de toneladas de algodão em caroço para o estado.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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