Porto Alegre, 23 de junho de 2023 – A semana teve recuperação nos preços tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, mesmo com a alta, os negócios envolvendo o vivo estão truncados. “Os suinocultores sinalizaram que a demanda por parte dos frigoríficos avançou, auxiliando nas correções durante a semana”, disse.
De acordo com Maia, contudo, os frigoríficos ainda seguem com um pé atrás. “Apesar da alta recente nos preços, os frigoríficos avaliam que a baixa ainda é muito relevante”, explicou. “A demanda, por outro lado, pode ser favorecida pelas temperaturas mais amenas. No curto prazo, porém, sabemos que as famílias estarão menos capitalizadas, o que deve frear a demanda na ponta final e na reposição”, afirma.
Maia explica que altas no curto prazo, diante da sinalização da demanda para o suíno vivo, não estão descartadas. “A exportação também segue forte. A disponibilidade doméstica, todavia, está em um nível que não permite reajustes consistentes, sinalizando que a produção brasileira está elevada”, destaca.
“Outro ponto que o mercado deve observar nos próximos dias é o custo de produção e o comportamento do milho no curto prazo, que encontrou preços mais firmes durante a semana”, ressaltou Maia.
Por fim, Maia conclui dizendo que vários suinocultores estavam com estoques de milho comprados a preços mais altos, lá no primeiro trimestre. Logo, o reflexo dos preços mais baixos do cereal na carne suína deverão poder ser observados apenas no último quadrimestre de 2023.
Preços
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 2,41% na semana, passando de R$ 5,38 para R$ 5,51. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado aumentou de R$ 9,60 para R$ 9,73 e a média da carcaça de R$ 8,44 para R$ 8,63.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 113,00 para R$ 115,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo se manteve em R$ 5,20 e no interior do estado registrou crescimento de R$ 5,45 para R$ 5,55.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração continuou em R$ 5,20. No interior catarinense, o quilo vivo progrediu de R$ 5,35 para R$ 5,50, no Paraná de R$ 5,40 para R$ 5,55 no mercado livre e, na integração, teve estabilidade de R$ 5,35.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve valorização de R$ 5,00 para R$ 5,20. Na integração, os preços se mantiveram em R$ 5,10. Em Goiânia, o quilo vivo elevou os preços de R$ 5,30 para R$ 5,80, no interior de Minas Gerais de R$ 6,00 para R$ 6,20 e no mercado independente de R$ 6,00 para R$ 6,30. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis passou de R$ 5,00 para R$ 5,20 e, na integração do estado, seguiu em R$ 5,10.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 146,099 milhões em junho (11 dias úteis), com média diária de US$ 13,281 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 56,645 mil toneladas, com média diária de 5,149 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.579,20.
Em relação a junho de 2022, houve alta de 37,6% no valor médio diário, ganho de 29,7% na quantidade média diária e avanço de 6,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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