Mercado doméstico de algodão é marcado por comercialização mais calma

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     Porto Alegre, 7 de julho de 2023 – A comercialização ao longo da semana foi calma, com a ponta compradora trabalhando conforme a necessidade. O produtor já começa assimilar a mudança no comportamento do mercado diante da proximidade da colheita. Por conta disso vem ajustando sua estratégia de venda com margens mais estreitas a partir do declínio nos preços, informou a SAFRAS Consultoria.

     Na quinta-feira (06), apesar do recuo na Bolsa de Nova York, a alta do dólar deu suporte aos preços domésticos da pluma. A ideia da indústria para a pluma colocada no armazém em São Paulo ficou em torno de R$ 3,65 por libra-peso. Em relação a semana passada, quando era cotada a R$ 3,80/libra-peso, apresentou uma queda de 3,95%.

     O algodão no porto FOB de Santos encerrou o dia 6 cotado a US$ 72,69 ante US$ 77,49 da quinta-feira (29) da semana anterior. Diante dessa desvalorização, o vendedor trabalha para que o prêmio da pluma brasileira fique mais competitivo na Bolsa de NY. Com isso, a indicação do prêmio pago pela pluma na ICE US para o contrato dezembro/23 ficou indicada a -7,19 centavos/libra-peso. Há uma semana era -1,54 centavos/libra-peso.

     De acordo com o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o mercado físico interno não tem acompanhado o desempenho externo, pressionado pelo dólar mais fraco e pelo maior interesse de venda. Mesmo com o produtor mais inclinado a venda, o fluxo de negócios segue muito lento, diante da grande distância entre as pontas.

     O preço do algodão em pluma em Rondonópolis no MT voltou a cair e é indicado na compra a R$ 3,64 por libra-peso. O andamento da colheita e o elevado volume de algodão da safra 22/23 ainda na mão do produtor continuam pesando contra os preços da fibra local.

     “O produtor parece que assimilou a mudança de comportamento do mercado e ajusta a estratégia de comercialização a partir de preços mais baixos e margens mais estreitas. Mas a cautela do comprador, diante das incertezas econômico-financeiras, continua travando os negócios”, pontua Barabach.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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