Mercado digere vitória de Trump, que faz soja em Chicago despencar e dólar disparar

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Porto Alegre, 6 de novembro de 2024 – O mercado brasileiro de soja monitora todos os reflexos da vitória de Donald Trump nas eleições presidências dos Estados Unidos. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, o grão recua quase 2%, pressionado pelos temores de uma relação conflituosa com a China. Já o dólar sobe forte frente ao real, acompanhando o movimento da moeda norte-americana no exterior.

Na terça-feira, os preços da soja ficaram praticamente inalterados no Brasil. Sem negócios, com pouca soja disponível, as cotações foram nominais. O dólar e a Bolsa de Chicago foram em direções opostas no dia.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 135,00 para R$ 136,00. Na região das Missões, a cotação subiu de R$ 134,00 para R$ 135,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço seguiu em R$ 144,00.

Em Cascavel, no Paraná, a saca se manteve em R$ 139,00. No porto de Paranaguá (PR), o preço permaneceu em R$ 145,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 151,00 para R$ 153,00. Em Dourados (MS), o preço diminuiu de R$ 142,00 para R$ 140,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 136,00.

CHICAGO

* Os contratos futuros da soja para janeiro/25 apresentam baixa de 1,79% a US$ 9,83 3/4 por bushel.

* O mercado é pressionado pela vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Como resultado, o dólar dispara frente a outras moedas, atingindo uma máxima de quatro meses, impulsionado pelo nacionalismo econômico defendido pelo novo presidente. A possibilidade de novas barreiras comerciais com a China também prejudica as perspectivas de exportação e derruba os preços.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 1,10%, a R$ 5,8096. Dollar Index registra alta de 1,89% a 105,275 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistos. Xangai, -0,09%. Japão, +2,61%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices firmes. Paris, +1,03%. Frankfurt, +0,40%. Londres, +0,92%.

* O petróleo opera em baixa. Dezembro do WTI em NY: US$ 70,64 o barril (-1,87%).

AGENDA

—–Quarta-feira (6/11)

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria. do Comércio e Serviços divulga, às 15h, os dados consolidados de outubro, seguidos por coletiva de imprensa.

– Segundo dia de reunião do Copom e atualização da SELIC.

– Resultados financeiros do Minerva e da Santos Brasil.

—–Quinta-feira (7/11)

– China: O saldo da balança comercial de outubro será publicado à meia-noite pela alfândega.

– Alemanha: O saldo da balança comercial de setembro será publicado às 4h pelo Destatis.

– Alemanha: A produção industrial de setembro será publicada às 4h pelo Destatis.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

– EUA: A decisão de política monetária será publicada às 16h pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

– Resultados financeiros da Petrobras, Rumo e Vamos.

—–Sexta-feira (8/11)

– O IBGE divulga, às 9h, o IPCA e o INPC referentes a setembro.

– Relatório de oferta e demanda dos EUA e mundiais de novembro – USDA/Wasde, 14h.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

– China: A leitura do índice de preços ao consumidor de outubro será publicada às 22h30 pelo departamento de estatísticas.

– China: A leitura do índice de preços ao produtor de outubro será publicada às 22h30 pelo departamento de estatísticas.

Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Safras News

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