Porto Alegre, 20 de outubro de 2022 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de cautela nos negócios. Os produtores seguem reticentes em ofertar grandes volumes do cereal, diante da proximidade das eleições presidenciais no Brasil, o que deve manter o ritmo de comercialização bastante travado no cenário doméstico. A queda do dólar frente ao real pode limitar maiores movimentos de negócios na exportação. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago tenta uma recuperação frente às perdas de ontem.
O mercado brasileiro de milho apresentou preços estáveis nesta quarta-feira. Segundo a SAFRAS Consultoria, os produtores ainda avaliam o risco eleitoral e não tem se posicionado no mercado de maneira contundente nesta semana, mantendo a fixação de oferta reduzida. Da mesma maneira que o frete ainda é um complicador para o abastecimento no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 90,00 (compra) a R$ 94,00 (venda) a saca (CIF) para novembro. No Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 90,00/93,00 a saca para novembro.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 83,00/85,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 85,50/88,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 87,00/90,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 93,00/95,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 77,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 77,00/R$ 81,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 75,00/80,00 saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em dezembro de 2022 operam com alta de 2,75 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,40%, cotada a US$ 6,81 por bushel.
* O mercado busca uma recuperação frente às perdas de ontem. A forte alta do petróleo ajuda na reação, assim como a queda do dólar frente a outras moedas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou as vendas líquidas semanais norte-americanas, que ficaram dentro do esperado por analistas.
* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2022/23, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 408.300 toneladas na semana encerrada em 13 de outubro. O México liderou as compras, com 183.700 toneladas.
* Analistas esperavam exportações entre 250 mil e 700 mil toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
* Ontem (19), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 6,78 1/4 por bushel, perda de 2,75 centavos de dólar, ou 0,40%, em relação ao fechamento anterior. A posição março fechou a sessão a US$ 6,84 1/2 por bushel, baixa de 2,50 centavos, ou 0,36% em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra baixa de 0,77% a R$ 5,2340. O Dollar Index registra baixa de 0,36%, a 112,58 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,31%; Tóquio, -0,92%.
* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Londres, -0,01%. Paris + 0,19% e Frankfurt, -0,25%.
* O petróleo opera em baixa. Novembro do WTI em NY: US$ 86,76 o barril (+1,41%).
AGENDA
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (21/10)
– Japão: O índice de preços ao consumidor de setembro será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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