Porto Alegre, 18 de dezembro de 2020 – O mercado brasileiro de soja já opera em ritmo de final de ano. Os preços apresentaram poucas oscilações na semana e praticamente não houve negócios, com produtores e indústria evitando entrar no mercado. O destaque no período ficou por conta da alta expressiva de Chicago, onde os contratos atingiram nos melhores níveis em mais de seis anos.
No Brasil, os produtores, bem capitalizados, evitam negociar, ainda mais após a recente baixa dos preços. A prioridade é finalizar o plantio e acompanhar o desenvolvimento inicial das lavouras. A falta de chuvas em algumas regiões ainda é motivo de preocupação.
Aliás, o clima no Brasil e na Argentina foi um dos fatores que impulsionou os contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Sinais de demanda aquecida pela oleaginosa americana e a perspectiva de retomada da economia global, com o início da vacinação contra o Covid-19, completaram o cenário positivo.
Depois de ameaçar em novembro, os contratos futuros finalmente romperam, nessa semana, a marca de US$ 12,00 por bushel, atingindo os melhores níveis desde junho de 2014. Na semana, a valorização dos contratos mais negociados supera 4%, a maior desde a metade de setembro.
Outro ponto importante na formação dos preços internos é o câmbio. O dólar segue perdendo terreno frente ao real, tirando a competitividade da soja brasileira. Com o otimismo do mercado financeiro, a moeda americana se desvalorizou frente a outras unidades monetárias. O dólar segue próximo da casa de R$ 5,00.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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