Porto Alegre, 18 de junho de 2021 – O mercado brasileiro de soja praticamente parou nesta semana em termos de comercialização. Com a queda generalizada das cotações domésticas, os negociadores se afastaram do mercado. A forte queda do dólar comercial e a continuidade do movimento de perdas em Chicago, prejudicaram a movimentação, mesmo com a elevação dos prêmios.
Entre os dias 18 e 24 de junho, a saca de 60 quilos recuou de R$ 146,00 para R$ 144,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço baixou de R$ 146,00 para R$ 145,50. Em Rondonópolis (MT), a cotação baixou de R$ 148,00 para R$ 140,00. Em Paranaguá, o preço passou de R$ 152,00 para R$ 151,00.
O câmbio foi o principal fator de pressão nesta semana. O dólar comercial acumulou queda de 3,27% no período. A moeda recuou de R$ 5,017 e bateu em R$ 4,905. Pela primeira vez em quase um ano, o dólar rompeu a casa de R$ 5,00.
Completando o cenário negativo, os contratos futuros em Chicago consolidaram a mudança de tendência deflagrada na semana anterior e seguiram perdendo terreno. A posição julho teve desvalorização de 1,77%, caindo de US$ 13,96 para R$ 13,71 ¼ por bushel.
Mesmo com sinais de aquecimento da demanda pela soja americana, fundos e especuladores seguiram se desfazendo de posições. O retorno das chuvas às regiões produtoras dos Estados Unidos indica melhora nas condições das lavouras e safras cheias. A China voltou a comprar oleaginosa nos EUA esta semana, limitando o movimento de correção.
Para a próxima semana, as atenções se vltam para o relatório de área plantada, que será divulgado na quarta, 30, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado aposta em número maior do que o indicado em março, quando o Departamento divulgou o relatório de intenção de plantio.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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