Mercado de soja deve seguir lento, à espera do relatório do USDA

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    Porto Alegre, 10 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de soja inicia a sexta em compasso de espera. Tendência de poucos negócios e preços entre estáveis e mais altos nas principais praças, ao menos até o relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado às 13hs. O dólar sobe e Chicago opera perto da estabilidade nesse momento.

     O mercado teve um dia de poucos negócios e de preços voláteis na quinta-feira. À espera do USDA e com dólar em baixa, os agentes se retraíram e os volumes negociados foram limitados e para 2021.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 115,00 para R$ 114,50. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 114,50 para R$ 114,00. No porto de Rio Grande, o preço seguiu em R$ 118,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 109,00 para R$ 109,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 115,00 para R$ 115,50.

     Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 109,00 para R$ 109,50. Em

Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 110,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 106,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro registram desvalorização de 0,05%, cotado a US$ 9,01 por bushel.

* Na semana, o mercado acumula uma alta de cerca de 1%, devido às preocupações com o clima nos Estados Unidos.

* Os agentes aguardam a divulgação do relatório de julho do USDA, que será divulgado às 13hs.

USDA

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. O relatório de julho do Departamento será divulgado às 13hs da sexta, 10.

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,167 bilhões de bushels. Em junho, o número era de 4,125 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels.

* Para os estoques de passagem, a aposta é de 443 milhões de bushels para 2020/21. Em junho, o número ficou em 395 milhões. Para 2019/20, o USDA deverá elevar sua previsão de 585 milhões para 589 milhões de bushels.

* A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 97,7 milhões de toneladas, contra 96,3 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá elevar a estimativa de 99,2 milhões para 99,5 milhões de toneladas.

* A safra brasileira em 2019/20 deverá ter sua previsão cortada de 124

milhões para 123,4 milhões de toneladas. A produção da Argentina deverá ter projeção mantida em 50 milhões de toneladas.

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para julho ficou em 98 a 118 pontos acima de Chicago. Para agosto, o valor é de 110 a 125 pontos acima.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,65% a R$ 5,375.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -1,95%. Tóquio, -1,06%.

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,57%; Frankfurt, +0,45%; Londres, +0,37%.

* O petróleo opera com perdas. Agosto do WTI em NY: US$ 39,10 o barril (-1,33%).

* O Dollar Index registra alta de 0,10%, a 96,79 pontos.

AGENDA

– Relatório de julho para oferta e demanda mundial e norte-americana de soja, milho, trigo, arroz e algodão – USDA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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