Porto Alegre, 22 de janeiro de 2025 – Após a boa movimentação registrada na terça, o mercado brasileiro de soja deverá ter uma quarta mais calma. Chicago opera em baixa, realizando lucros, e o dólar também recua. As condições, no entanto, seguem favoráveis à comercialização e os produtores podem aproveitar os repiques.
O mercado teve uma terça-feira movimentada. Os preços no Rio Grande do Sul favoreceram negócios no mercado físico. Em outros estados, as movimentações ocorreram da mão para a boca. O Paraná teve negócios no interior e no porto, com produto disponível já da safra nova.
As cotações subiram no Brasil acompanhando a disparada de Chicago, mas os prêmios seguraram altas mais expressivas. Com muitas tradings cobertas até fevereiro ou março, a movimentação foi menor do que o potencial. Os negócios ocorreram em oportunidades.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 134,00 para R$ 137,00. Na região das Missões, a cotação aumentou de R$ 135,00 para R$ 138,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 139,00 para R$ 142,00.
Em Cascavel, no Paraná, a saca valorizou de R$ 125,00 para R$ 127,00. No porto de Paranaguá
(PR), o preço cresceu de R$ 134,00 para R$ 135,00. Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 118,00 para R$ 120,00. Em Dourados (MS), o preço seguiu em R$ 117,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca ficou estável em R$ 121,00.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em março apresentam desvalorização de 0,37%, cotados a US$ 10,63 por bushel.
* Após a disparada no pregão anterior, impulsionada pela ausência imediata de tarifas sobre o comércio agrícola no primeiro dia completo de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o mercado agora realiza parte dos lucros acumulados.
* Ainda assim, a soja segue próxima às máximas de vários meses, apoiada pelas condições secas que ameaçam a produção na Argentina e pelas chuvas no Brasil, que atrasam o início da colheita.
* Trump afirmou que irá impor tarifas sobre a União Europeia (UE) e está considerando uma taxa punitiva de 10% sobre importações da China. Ele justificou essa medida devido ao envio de fentanil da China aos EUA via México e Canadá.
* Trump também criticou os superávits comerciais de outros países em relação aos EUA e reafirmou sua intenção de buscar “justiça” por meio de tarifas.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 0,29%, cotado a R$ 6,0132. O dollar index (DXY) recuava 0,12% a 107,93 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,89%. Em Tóquio, +1,58%.
* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris,+1,18%; Frankfurt, +1,43%; e Londres, +0,35%.
* O petróleo registra cotações em alta. O WTI para março opera com ganho de 0,18% a US$ 75,97 o barril.
AGENDA
– Japão: O saldo da balança comercial de dezembro será publicado às 20h50 pelo ministério das Finanças.
—–Quinta-feira (23/01)
– Anfavea divulga o desempenho do setor de máquinas agrícolas e rodoviárias, a partir das 10h.
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 14h pelo Departamento de Energia (DoE).
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Japão: A leitura do índice de preços ao consumidor de dezembro será publicada às 20h30 pelo departamento de estatísticas.
—–Sexta-feira (24/01)
– Japão: A decisão de política monetária será publicada à meia-noite pelo BOJ.
– O IBGE divulga, às 9h, o IPCA-15 referente a janeiro.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Dylan Della Pasqua / Safras News
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