Porto Alegre, 12 de julho de 2023 – O relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é o evento do dia. Até o início da tarde, a tendência é de poucos negócios e pequenas oscilações nos preços da soja no mercado brasileiro. Chicago sobe e o dólar cai na mesma proporção.
A comercialização de soja foi moderada no Brasil na terça-feira. Os preços voltaram a subir, mas os agentes se mostraram cautelosos à espera do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Analistas de SAFRAS & Mercado estimam que de 100 mil a 120 mil toneladas tenham sido negociadas hoje no país. A valorização das cotações foi puxada pela Bolsa de Chicago.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos de soja subiu de R$ 143,00 para R$ 146,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 142,00 para R$ 145,00. No Porto de Rio Grande, o preço cresceu de R$ 151,00 para R$ 154,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 135,00 para R$ 138,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 145,00 para R$ 148,00.
Em Rondonópolis (MT), o valor da saca de soja subiu de R$ 119,00 para R$ 122,00. Em Dourados (MS), a cotação foi de R$ 123,50 para R$ 126,00. Em Rio Verde (GO), a saca valorizou de R$ 120,00 para R$ 122,00.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em novembro operam com alta de 1,01%, cotados a US$ 13,74 por bushel.
* O mercado segue a recente rotina de ganhos, com os investidores temendo o tempo quente e seco previsto para a parte final de julho no cinturão produtor dos Estados Unidos.
* O cenário externo também é tranquilo, com ganhos nas bolsas de valores da Europa e fraqueza do dólar frente a outras moedas. O petróleo sobe.
* Os operadores se posicionam frente ao relatório de oferta e demanda do USDA de julho, que será divulgado nesta quarta-feira, 12, às 13 horas (horário de Brasília).
* Após o surpreendente número de área da semana passada, os investidores esperam pelos ajustes que deverão ser feitos pelo Departamento de Agricultura norte-americano.
USDA
* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá reduzir as suas estimativas para a safra e estoques de soja americanos no relatório de julho. Os números serão divulgados na quarta, 13h. Para a temporada 2022/23, a estimativa para os estoques americanos é de elevação.
* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 235 milhões de bushels em 2022/23. Em junho, a previsão ficou em 230 milhões de bushels. Para 2023/24, o USDA projeta estoques de 206 milhões de bushels. Em junho, o número era de 350 milhões.
* A safra americana deverá ser indicada em 4,250 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,510 bilhões apontados em junho. No ano passado, a safra ficou em 4,276 bilhões.
* Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 101,3 milhões de toneladas, mantendo o número de junho. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 120,4 milhões, abaixo dos 123,3 milhões de junho.
* O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 25 milhões para 23,6 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão elevada de 156 milhões para 156,2 milhões de toneladas.
PRÊMIOS
* Os preços FOB da soja subiram na terça nos portos brasileiros. A alta de Chicago foi o principal fator de impulsão para os preços. Os prêmios operaram mistos.
* Os prêmios de exportação da soja estavam em -135 a -90 sobre Chicago no final da terça no Porto de Paranaguá, para julho. Para agosto, o prêmio era de -60 a -50. Para setembro de 2023, o prêmio estava em +25 a +40 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
* O preço FOB (flat price) para julho ficou entre US$ 509,10 e US$ 525,60 a tonelada na terça-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 500,80 e R$ 517,40.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 1,15% a R$ 4,806. O Dollar Index recua 0,25% a 101,48 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam fracas. Xangai, -0,78%; Tóquio, -0,81%.
* As principais bolsas na Europa operam firmes. Paris, +0,74%; Frankfurt, +0,89%; Londres, +1,40%.
* O petróleo registra alta. O WTI para agosto sobe 0,88% para US$ 75,49 o barril.
AGENDA
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
– Relatório de oferta e demanda mundial e dos EUA para grãos – USDA, 13h.
– EUA: O Livro Bege, relatório com avaliação da situação econômica, será publicado às 15h pelo Federal Reserve.
—–Quinta-feira (13/07)
– China: O saldo da balança comercial de junho será divulgado à meia noite pelo Departamento Nacional de Estatísticas.
– Japão: O índice de produção industrial de maio será divulgado à 1h30 pelo Departamento Nacional de Estatísticas.
– Reino Unido: O saldo da balança comercial de maio será divulgado às 3h pelo Escritório Nacional de Estatísticas.
– Reino Unido: O índice de produção industrial de maio será divulgado às 3h pelo Escritório Nacional de Estatísticas.
– Reino Unido: O Produto Interno Bruto (PIB) de maio será divulgado às 3h pelo Escritório Nacional de Estatísticas.
– Eurozona: O índice de produção industrial de maio será publicado às 6h pela Eurostat.
– Eurozona: A ata da reunião de política monetária de junho será divulgada às 8h30 pelo BCE.
– Atualização dos dados de safra brasileira de grãos em 2022/23 – Conab, 9h.
-Levantamento Sistemático de Produção Agrícola – IBGE, 9h.
– EUA: O índice de preços ao produtor de junho será publicado às 9h30 pelo departamento do Trabalho.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
– Dados sobre o desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (14/07)
– Eurozona: O saldo da balança comercial de maio será divulgado às 6h pela Eurostat.
– Intenção de plantio de SAFRAS & Mercado para 2023/24, às 12h.
– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.
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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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