Mercado de milho deve ter preços firmes no Brasil, atento ao USDA

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     Porto Alegre, 12 de maio de 2021 O mercado brasileiro de milho deve manter preços aquecidos nesta quarta-feira, com a atenção dos investidores voltada ao relatório de oferta e demanda de maio de Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A Bolsa de Chicago opera em alta, em compasso de espera do USDA.

     Ontem (11), o mercado brasileiro de milho teve mais um dia de preços firmes. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as dificuldades de abastecimento permanecem presentes no mercado. “O clima segue como um elemento determinante neste momento, com os modelos apontando para volume pluviométrico bastante irregular até a virada de mês, ou seja, a quebra da safrinha tende a ser ainda maior em diversos estados”, comenta.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 89,00 a R$ 101,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 87,00/100,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 105,00/109,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 104,00/106,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 105,00/109,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 101,00/103,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 97,00/100,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 96,00/R$ 99,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 85,00/90,00 a saca em Rondonópolis.

CONAB

* A produção brasileira de milho deverá totalizar 106,413 milhões de toneladas na temporada 2020/21, com avanço de 3,7% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 102,586 milhões de toneladas. A projeção faz parte do oitavo levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

* Em abril, a Conab indicava produção de 108,965 milhões de toneladas. A revisão para baixo entre uma estimativa e outra ficou em 2,3%.

* A Conab trabalha com uma área de 19,873 milhões de hectares, com alta de 7,3% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 18,527 milhões de hectares. Em abril, a previsão era de 19,717 milhões de hectares.

* A produtividade está estimada em 5.355 quilos por hectare, com baixa de 3,3% sobre a temporada anterior, quando o rendimento ficou em 5.537 quilos. Em abril, a previsão era de 5.526 quilos.

* A primeira safra de milho deverá totalizar produção de 24,676 milhões de toneladas, com queda de 3,9% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 25,689 milhões de toneladas. Em abril, a Conab indicava safra de 24,512 milhões de toneladas.

* A segunda safra, ou safrinha, está estimada em 79,799 milhões de toneladas, 3,4% abaixo das 82,608 milhões de toneladas indicadas em abril. A Conab espera um aumento de 6,3% sobre o total colhido no ano passado, de 75,053 milhões de toneladas.

* A terceira safra está estimada em 1,937 milhão de toneladas, alta de 5,1% sobre a temporada anterior, de 1,843 milhão de toneladas e 5,0% superior ao volume estimado no mês passado, de 1,844 milhão de toneladas.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho de 2021 operam com ganho de 1,75 centavo em relação ao fechamento anterior, ou 0,24%, cotada a US$ 7,24 por bushel.

* Em sessão volátil, o mercado opera em alta leve, em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,071 bilhões de bushels de milho em 2021/22, superando a safra 2020/21, que está estimada em 14,182 bilhões de bushels.

* Os estoques finais de passagem da safra 2021/22 norte-americanos devem ser indicados em 1,354 bilhão de bushels. Para a safra 2020/21, os estoques finais de passagem devem ser reduzidos de 1,352 bilhão de bushels para 1,26 bilhão de bushels.

* Para a safra global 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 284,1 milhões de toneladas. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2020/21 sejam apontados em 279,4 milhões de toneladas, abaixo das 283,9 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

* A safra de milho do Brasil 2020/21 deverá ser indicada em 103,4 milhões de toneladas, aquém das 109 milhões de toneladas apontadas em abril. Já a safra da Argentina 2020/21 deve ser apontada em 47,4 milhões de toneladas acima das 47 milhões de toneladas previstas no mês passado.

* Ontem (11), os contratos de milho com entrega em julho/21 fecharam a US$ 7,22 1/4, alta de 10,50 centavos de dólar, ou 1,47%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra alta de 0,28% a R$ 5,239.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,61%. Tóquio, -1,61%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, -0,04%. Londres, +0,63%.

* O petróleo opera em alta. Junho do WTI em NY: US$ 66,15 o barril (+1,34%).

* O Dollar Index registra ganho de 0,2% a 90,32 pontos.

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– Relatório de maio de oferta e demanda dos EUA e mundial – USDA, 13hs.

– Resultados financeiros da BRF, da JBS e da SLC, depois do fechamento do mercado.

—–Quinta-feira (13/05)

– O BC divulga às 9h o índice de atividade econômica (IBC-Br) referentes a março.

– EUA: O índice de preços ao produtor de abril será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Resultado financeiro da Rumo e da Petrobras, após o fechamento do mercado.

—–Sexta-feira (14/05)

– Eurozona: a ata da última reunião de política monetária será publicada às 8h30 pelo Banco Central Europeu (BCE).

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em abril serão publicados às 10h15 pelo Federal Reserve.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Evolução da colheita de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

– Resultado financeiro da Cosan, no final do dia.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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