Mercado de milho deve retomar queda nos preços domésticos

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Porto Alegre, 17 de maio de 2023 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quarta-feira de preços mais baixos. Os compradores adotam uma postura retraída nas aquisições, diante da posição confortável em relação aos estoques, pressionando as cotações. Os produtores, por sua vez, tem preocupação com falta de armazenamento para a soja e avançam na oferta do cereal, travando as negociações. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em forte baixa. O dólar, por sua vez, registra alta frente ao real.

O mercado brasileiro de milho volta a apresentar queda em suas cotações. O volume ofertado ainda é expressivo, e os consumidores ainda apontam para uma posição de relativo conforto em seus estoques, aponta a SAFRAS Consultoria. O clima nos Estados Unidos e no Brasil segue como variável determinante nas próximas semanas, podendo gerar volatilidade nos preços.

No Porto de Santos, o preço do milho ficou entre R$ 63,00 (compra) a R$ 66,00 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 62,00/64,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 54,00/58,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 53,00/55,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 58,00/60,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 61,00/63,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 52,00/54,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 49,00/R$ 53,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 44,00/49,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho de 2023 operam com baixa de 13,50 centavos, ou 2,32%, cotados a US$ 5,67 3/4 por bushel.

* O mercado estendeu as perdas registradas na sessão anterior, pressionado pelas preocupações com a economia global, principalmente na China (desaceleração) e nos Estados Unidos (aquecimento). A alta do dólar frente a outras moedas completou o quadro negativo.

* Ontem (16), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 5,81 1/4 por bushel, baixa de 11,25 centavos de dólar, ou 1,89%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro fechou a sessão a US$ 5,06 1/2 por bushel, recuo de 11,50 centavos de dólar, ou 2,22%.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,26%, a R$ 4,9550. O Dollar Index registra valorização de 0,45% a 103,02 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia operaram com preços mistos. Xangai, -0,21%. Tóquio, + 0,84%.

* As principais bolsas na Europa operam com preços mistos. Paris, -0,04%. Frankfurt, +0,31%. Londres, -0,08%.

* O petróleo opera em alta. Junho do WTI em NY: US$ 71,11 o barril (+0,35%).

AGENDA

– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (18/05)

– Japão: A leitura da balança comercial de abril será publicada na noite anterior pelo ministério das Finanças.

– Estimativa de safra de café do Brasil – Conab, 9h.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (19/05)

– Japão: A leitura do índice de preços ao consumidor de abril será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Alemanha: O índice de preços ao produtor de abril será publicado às 3h pelo Destatis.

– O BC divulga, às 9h, o IBC-BR de março.

– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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