Porto Alegre, 12 de abril de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com pouca movimentação nos negócios. Há um quadro de pressão de venda em alguns estados, mas o ritmo das negociações não é capaz de evoluir. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago registra alta. O dólar, por sua vez, sobe bem frente ao real.
Os agentes seguem avaliando fatores como câmbio, logística e armazenamento, com lenta evolução na comercialização. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera com preços altos. O dólar, por sua vez, cai frente ao real.
O mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira calma na comercialização. As cotações seguem firmes no Sul, mas já há maior pressão de venda devido à safrinha em estados como Mato Grosso e Goiás, como destaca o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 58,00/62,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 56,00/62,00 (compra/venda) a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 55,00/59,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 57,00/58,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 61,50/62,50 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 59,00/60,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 53,00/55,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 48,00/51,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 41,00/44,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em maio de 2024 estão cotados a US$ 4,30 1/4 por bushel, alta de 1,50 centavo de dólar, ou 0,34%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado busca um movimento de recuperação técnica, sustentado pelo avanço do petróleo em Nova York. Até o momento, a posição maio/24 ainda acumula 1% de perdas semanais. Por outro lado, o quadro fundamental segue baixista, mesmo com os cortes feitos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para os estoques finais de passagem da safra do país e mundial, os números indicados ficaram abaixo da previsão de corte dos analistas.
* A safra dos Estados Unidos em 2023/24 foi indicada em 389,69 milhões de toneladas, sem alterações ante março. A estimativa de safra brasileira é de 124 milhões de toneladas em 2023/24, sem mudanças, enquanto o mercado indicava uma produção de 122,1 milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 55 milhões de toneladas, contra as 56 milhões de toneladas indicadas em março. O mercado projetava uma safra de 55,3 milhões de toneladas.
* Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 dos Estados Unidos foram estimados em 2,122 bilhões de bushels, contra os 2,172 bilhões apontados no mês passado e acima dos 2,105 bilhões de bushels esperados pelo mercado. As exportações em 2023/24 foram indicadas em 2,1 bilhões de bushels, sem mudanças ante em março. O uso de milho para a produção de etanol foi elevado de 5,375 bilhões de bushels para 5,4 bilhões de bushels.
*Ontem (11), os contratos com entrega em maio de 2024 fecharam com baixa de 5,50 centavos, ou 1,26%, cotados a US$ 4,28 3/4 por bushel. Os contratos com entrega em julho de 2024 fecharam com recuo de 4,75 centavos, ou 1,06%, cotados a US$ 4,41 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 0,61% a R$ 5,1212. O Dollar Index registra valorização de 0,61% a 105,92 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, -0,49%. Japão, +0,21%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices firmes. Paris, +0,72%. Frankfurt, +0,84%. Londres, +1,50%.
* O petróleo opera em alta. Maio do WTI em NY: US$ 86,86 o barril (+2,16%).
AGENDA
– A Unica divulga, às 11h, a atualização quinzenal da safra de cana-de-açúcar na região Centro-Sul.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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