Porto Alegre, 29 de maio de 2020 – A avicultura de corte brasileira vai fechando o mês de maio com um cenário de demanda retraída no atacado e na distribuição, decorrente das medidas de isolamento social geradas pela pandemia de coronavírus. “O mês foi marcado por um lento escoamento da carne no mercado doméstico”, ressalta o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.
Para o mercado de frango vivo o cenário foi de alta nos preços em alguns estados. “Em virtude do crescimento dos custos houve a necessidade de reajustes dos preços pagos aos granjeiros. Mesmo assim a margem operacional permaneceu muito desgastada em vários estados”, pontua.
O alento ao setor ficou com as exportações, que foram novamente positivas. “A China segue comprando volumes substanciais de proteína animal brasileira, como a carne de frango, o que, sem dúvida, é um grande diferencial para o setor carnes nesse momento”, avalia.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango ao longo do mês. O quilo do peito no atacado caiu de R$ 4,50 para R$ 4,20, o quilo da coxa seguiu em R$ 4,40 e o quilo da asa subiu de R$ 6,90 para R$ 7,25. Na distribuição, o quilo do peito retrocedeu de R$ 4,60 para R$ 4,40, o quilo da coxa subiu de R$ 4,50 para R$ 4,60 e o quilo da asa avançou de 7,00 para R$ 7,50.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças nos preços ao longo de maio. No atacado, o preço do quilo do peito baixou de R$ 4,60 para R$ 4,30, o quilo da coxa seguiu em 4,50 e o quilo da asa avançou de R$ 7,00 para R$ 7,35. Na distribuição, o preço do quilo do peito retrocedeu de R$ 4,70 para R$ 4,50, o quilo da coxa subiu de R$ 4,60 para R$ 4,70 e o quilo da asa de R$ 7,10 para R$ 7,60.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 376,088 milhões em maio (15 dias úteis), com média diária de US$ 25,072 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 278,381 mil toneladas, com média diária de 18,558 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.351,00.
Na comparação com maio de 2019, houve queda de 9,03% no valor médio diário, alta de 14,37% na quantidade média diária e baixa de 20,46% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo caiu de R$ 3,00 para R$ 2,90. Em São Paulo o quilo vivo avançou de R$ 2,40 para R$ 2,80.
Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 2,50 para R$ 2,62. No oeste do Paraná o preço na integração avançou de R$ 3,15 para R$ 3,20. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo aumentou de R$ 2,85 para R$ 2,90.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango baixou de R$ 2,90 para R$ 2,85. Em Goiás o quilo vivo retrocedeu de R$ 2,95 para R$ 2,85. No Distrito Federal o quilo vivo caiu de R$ 3,00 para R$ 2,90.
Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,45.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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