Porto Alegre, 5 de junho de 2020 – O mercado brasileiro de frango iniciou o mês de junho com um ritmo de demanda acomodado para o frango vivo, muito embora os preços tenham se mantido. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere algum reajuste nas cotações, ainda que de maneira comedida. “A queda dos preços do milho no início de junho alivia os custos de nutrição animal. No entanto, a margem operacional segue achatada em diversos estados”, comenta.
Conforme Iglesias, o mercado atacadista também se depara com preços acomodados neste momento. “Existe algum otimismo em relação à demanda na primeira quinzena do mês. O relaxamento da quarentena em alguns estados, a exemplo de São Paulo, leva a crer na recuperação da demanda doméstica. No entanto, o consumo não retornará ao patamar anterior à pandemia”, alerta.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram poucas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 4,20, o quilo da coxa em R$ 4,40 e o quilo da asa subiu de R$ 7,25 para R$ 7,30. Na distribuição, o quilo do peito permaneceu em R$ 4,40, o quilo da coxa em R$ 4,60 e o quilo da asa em R$ 7,50.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças pontuais nos preços ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 4,30, o quilo da coxa seguiu em 4,50 e o quilo da asa avançou de R$ 7,35 para R$ 7,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 4,50, o quilo da coxa em R$ 4,70 e o quilo da asa em R$ 7,60.
Iglesias afirma que as exportações permanecem em ótimo nível, com a China ainda ocupando um papel de destaque nos embarques brasileiros. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 499,229 milhões em maio (20 dias úteis), com média diária de US$ 24,961 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 372,501 mil toneladas, com média diária de 18,625 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.340,20. Na comparação com maio de 2019, houve queda de 9,43% no valor médio diário, alta de 14,78% na quantidade média diária e baixa de 21,09% no preço médio.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo permaneceu em R$ 2,90. Em São Paulo o quilo vivo se manteve em R$ 2,80.
Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 2,62. No oeste do Paraná o preço na integração continuou em R$ 3,20. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo prosseguiu em R$ 2,90.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,85. Em Goiás o quilo vivo permaneceu em R$ 2,85. No Distrito Federal o quilo vivo continuou em R$ 2,90.
Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,45.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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