Porto Alegre, 24 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de frango registrou uma semana de preços firmes, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes congelados e resfriados negociados no atacado e na distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços devem seguir mais acomodados no curto prazo, embora seja esperado um novo movimento de alta a partir do início de agosto, motivada, especialmente, pela comemoração do Dia dos Pais.
Apesar do bom indicativo de preços, a situação envolvendo os custos para a produção animal volta a preocupar o setor, devido à forte elevação nos preços do farelo de soja e do milho, que tem levado o setor a demandar outros produtos alternativos, como farinha de víscera, farinha de sangue e grãos secos de destilarias (DDGs) no início deste semestre. “O alento é que para o milho há uma tendência de queda nos preços no médio prazo, na medida que a colheita da safrinha avançar em melhor ritmo pelo país”, sinaliza.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram poucas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 5,00, o quilo da coxa em R$ 5,10 e o quilo da asa subiu de R$ 9,70 para R$ 9,80. Na distribuição, o quilo do peito permaneceu em R$ 5,20, o quilo da coxa em R$ 5,20 e o quilo da asa avançou de R$ 9,90 para R$ 10,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de poucas mudanças nos preços ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 5,10, o quilo da coxa em R$ 5,20 e o quilo da asa avançou de R$ 9,80 para R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 5,30, o quilo da coxa em R$ 5,30 e o quilo da asa aumentou de R$ 10,00 para R$ 10,10.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 260,601 milhões em julho (13 dias úteis), com média diária de US$ 20,046 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 197,321 mil toneladas, com média diária de 15,178 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.320,70.
Na comparação com julho de 2019, houve queda de 26,64% no valor médio diário, baixa de 6,10% na quantidade média diária e retração de 21,87% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 3,70. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 3,60.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 3,00. No oeste do Paraná o preço na integração seguiu em R$ 3,50. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 3,35.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 3,65. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 3,65. No Distrito Federal o quilo vivo seguiu em R$ 3,65.
Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 4,45. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,40 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,50.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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