Mercado de frango fecha agosto pressionado por proteínas concorrentes

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     Porto Alegre, 2 de setembro de 2022 – O mercado brasileiro de frango fechou o mês de agosto mais pressionado, em decorrência do movimento de baixa nos preços de proteínas concorrentes, como a carne bovina. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, tal condição pressionou as cotações do quilo vivo em boa parte dos estados e afetou as cotações dos cortes negociados no atacado e na distribuição. “Para o mês de setembro a dinâmica de mercado remete para uma tendência de queda pontual dos preços, embora altas mais consistentes estejam previstas para o último trimestre, período que conta com maior apelo ao consumo”, avalia.

     Segundo Iglesias, as exportações permaneceram em ótimo nível ao longo de agosto, com o potencial de embarques do Brasil estimado em 4,7 milhões de toneladas de carne de frango neste ano. “As receitas também tendem a ser recordes neste ano”, projeta.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 830,766 milhões em agosto (23 dias úteis), com média diária de US$ 36,120 milhões. A quantidade total exportada pelo país 398,599 mil toneladas, com média diária de 17,330 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.084,20.

     Em relação a agosto de 2021, houve alta de 28,9% no valor médio diário, ganho de 8,7% na quantidade média diária e avanço de 18,6% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango, de modo geral, baixaram ao longo do mês. O preço do quilo do peito passou de R$ 10,60 para R$ 10,40 e o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 7,30. O quilo da asa subiu de R$ 10,50 para R$ 10,55. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 10,80 para R$ 10,60 e o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 7,50. Já o quilo da asa aumentou de R$ 10,70 para R$ 10,75.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário no mês também foi de queda predominante nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito retrocedeu de R$ 10,70 para R$ 10,50 e o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 7,40. Já o quilo da asa mudou de R$ 10,60 para R$ 10,65. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 10,90 para R$ 10,70 e o quilo da coxa de R$ 7,90 para R$ 7,60. O quilo da asa subiu de R$ 10,80 para R$ 10,85.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 6,50 para R$ 6,60. Em São Paulo o quilo recuou de R$ 6,10 para R$ 5,80.

     Na integração catarinense a cotação do frango baixou de R$ 5,10 para R$ 5,00. No oeste do Paraná o preço retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,60. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 5,90 para R$ 5,70.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango baixou de R$ 6,45 para R$ 6,35. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 6,45. No Distrito Federal o quilo vivo mudou de R$ 6,50 para R$ 6,40.

     Em Pernambuco, o quilo vivo recuou de R$ 6,50 para R$ 6,00. No Ceará a cotação do quilo passou de R$ 6,00 para R$ 5,90 e, no Pará, o quilo vivo caiu de R$ 6,50 para R$ 6,20.

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     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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