Mercado de frango fecha abril com exportação bem aquecida

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      Porto Alegre, 30 de abril de 2021 – O mercado brasileiro de carne de frango vai encerrando o mês de abril com exportações bastante aquecidas, um dos fatores que contribui para um desempenho positivo do setor ao longo do mês. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a participação do Brasil nos mercados halal foi bastante efetiva ao longo do mês, favorecendo a retomada de bons volumes de embarques de carne de frango.

     No cenário interno, a avicultura de corte se deparou com preços ligeiramente mais altos para o animal vivo no decorrer do mês de abril em alguns estados. “O movimento de alta foi muito mais consistente para o atacado no período, com a população buscando proteínas mais acessíveis, enfaticamente o caso da carne de frango. A nova rodada do auxílio emergencial fomentou o consumo de produtos básicos no país”, explica.

     Segundo Iglesias, um fator que chama a atenção nesse momento em que os custos de produção seguem bastante efetivos, puxados especialmente pelo milho, são os elevados volumes de alojamentos de pinto de corte. “O volume de animais alojados foi recorde no primeiro trimestre de 2021, superando a casa de 1,715 bilhão de cabeças, contrariando a estratégica lógica de um corte em um período de custos elevados de nutrição animal. As perspectivas mais recentes não apontam para cortes nos alojamentos, mas para aumento na produção. Com custos elevados, essa dinâmica pode vir a trazer danos irreversíveis em determinadas granjas, principalmente nos produtores independentes”, alerta.

     De acordo com levantamento mensal de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 6,50 para R$ 7,10, o quilo da coxa de R$ 5,90 para R$ 6,75 e o quilo da asa de R$ 8,60 para R$ 9,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito passou de R$ 6,70 para R$ 7,30, o quilo da coxa de R$ 6,10 para R$ 6,95 e o quilo da asa de R$ 8,80 para R$ 9,20.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças dos preços durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 6,60 para R$ 7,20, o quilo da coxa de R$ 6,20 para R$ 6,40 e o quilo da asa de R$ 8,75 para R$ 8,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 6,80 para R$ 7,40, o quilo da coxa de R$ 6,30 para R$ 6,60 e o quilo da asa de R$ 8,95 para R$ 9,10.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 446,932 milhões em abril (15 dias úteis), com média diária de US$ 29,795 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 297,498 mil toneladas, com média diária de 19,883 mil toneladas. O preço médio de tonelada ficou em US$ 1.502,30.

    Na comparação com abril de 2020, houve alta de 25,38% no valor médio diário, ganho de 23,68% na quantidade média diária e avanço de 1,37% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,60. Em São Paulo o quilo vivo subiu de R$ 4,60 para R$ 4,80.

     Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 3,30. No oeste do Paraná o preço prosseguiu em R$ 4,80. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 4,30 para R$ 4,45.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,50. Em Goiás o quilo vivo se manteve em R$ 4,50. No Distrito Federal o quilo vivo continuou em R$ 4,60.

     Em Pernambuco, o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,30. No Ceará a cotação do quilo continuou em R$ 5,30 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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