Porto Alegre, 30 de abril de 2020 – O mercado brasileiro de carne de frango espera a chegada do Dia das Mães, data que normalmente costuma trazer bons resultados ao setor, para tentar recuperar as perdas acumuladas ao longo de abril com as medidas de isolamento social decorrentes da pandemia de coronavírus.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado de frango fecha o mês abril com margens operacionais negativas diante do lento escoamento da carne no mercado doméstico com a paralisação de restaurantes, shoppings e outros segmentos, sem que haja uma perspectiva de retomada das atividades no curto prazo.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango ao longo do mês. O quilo do peito no atacado baixou de R$ 5,30 para R$ 4,50, o quilo da coxa de R$ 5,30 para R$ 4,40 e o quilo da asa de R$ 7,30 para R$ 6,90. Na distribuição, o quilo do peito passou de R$ 5,50 para R$ 4,60, o quilo da coxa de R$ 5,50 para R$ 4,50 e o quilo da asa de R$ 7,50 para R$ 7,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações ao longo do mês. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 5,40 para R$ 4,60, o quilo da coxa de R$ 5,40 para R$ 4,50 e o quilo da asa de R$ 7,40 para R$ 7,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito cedeu de R$ 5,60 para R$ 4,70, o quilo da coxa de R$ 5,60 para R$ 4,60 e o quilo da asa de R$ 7,60 para R$ 7,10.
A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas chegou a US$ 22,924 milhões nas quatro primeiras semanas de abril, entre os dias 01 e 24.
Na comparação com a média diária de abril de 2019, de US$ 25,493 milhões, verifica-se queda de 10,08% no valor obtido diariamente pelas exportações de carne de frango.
Com 16 dias úteis contabilizados em abril até o dia 24, foram exportadas 248,011 mil toneladas de carne de frango, com receita total de US$ 366,774 milhões e um preço médio de US$ 1.478,90 por tonelada. Os dados partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo caiu de R$ 3,25 para R$ 3,00. Em São Paulo o quilo vivo baixou de R$ 2,81 para R$ 2,40.
Na integração catarinense a cotação do frango caiu de R$ 2,51 para R$ 2,50. No oeste do Paraná o preço na integração retrocedeu de R$ 3,23 para R$ 3,15. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo subiu de R$ 2,75 para R$ 2,85.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango recuou de R$ 3,20 para R$ 2,90. Em Goiás o quilo vivo baixou de R$ 3,25 para R$ 2,95. No Distrito Federal o quilo vivo foi reduzido de R$ 3,25 para R$ 3,00.
Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 4,50 para R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo baixou de R$ 4,50 para R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo retrocedeu de R$ 4,60 para R$ 4,45.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2020 – Grupo CMA