Porto Alegre, 18 de novembro de 2022 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a demanda para os cortes tende a aumentar neste final de ano, com a chegada da Copa do Mundo, décimo terceiro ao fim do mês e festas costumeiras desta época. “As exportações devem seguir fortes, o que ajuda no controle da disponibilidade doméstica”, pontuou.
No quilo vivo, os preços do frango se mantiveram em todos estados. A recuperação de preços ainda segue difícil, por conta do ingresso de maiores ofertas resultados de um alojamento de pintos elevado em agosto, que impossibilitou um avanço nas cotações e foi determinante para a queda do mercado. Para o analista, o cenário deve permanecer no restante do ano.
Allan sinaliza que os custos da nutrição animal ainda exercem pressão sobre a margem da atividade, que fica negativa, em consequência dos preços elevados. “O mercado do milho está travado, e com a alta do dólar frente ao real, os preços podem subir, o produtor retrair e pedir um valor mais alto no grão. Por conta disso, o cenário do frango vivo se encontra complicado por conta das margens”, disse.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 331,632 milhões em novembro (8 dias úteis), com média diária de US$ 41,454 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 161,732 mil toneladas, com média diária de 20,216 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.050,50.
Em relação a novembro de 2021, houve alta de 43,9% no valor médio diário, ganho de 25,6% na quantidade média diária e avanço de 14,6% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito se manteve em R$ 9,35, o quilo da coxa em R$ 7,60 e o quilo da asa em R$ 11,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,50, o quilo da coxa em R$ 7,80 e o quilo da asa em R$ 11,90.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também não teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito ficou em R$ 9,45, o quilo da coxa em R$ 7,70 e quilo da asa em R$ 11,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,60, o quilo da coxa em R$ 7,90 e o quilo da asa em R$ 12,00.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo teve estabilidade em R$ 5,20 e em São Paulo de R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 4,30 e na integração do oeste do Paraná em R$ 5,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,15, em Goiás em R$ 5,15 e no Distrito Federal em R$ 5,20.
Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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