Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2023 – As cotações internacionais do café passaram por muita volatilidade em janeiro, mas fecharam o mês com muita firmeza, atingindo os patamares mais altos em mais de três meses. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado, os contratos com entrega em março de 2023 do café arábica fecharam a sessão do dia 31 de janeiro a 181,75 centavos de dólar por libra-peso, ante 167,30 centavos em 30 de dezembro, alta de 6,7%. Ao longo de janeiro, oscilaram entre uma mínima de 143,90 centavos (no dia 11) e uma máxima de 181,75 centavos no dia 31, considerando os valores de fechamento.
O mercado buscou sustentação em sinalizações de que a disponibilidade de oferta no Brasil, maior produtor mundial de café, está diminuindo rapidamente. Na quarta-feira, a posição março bateu em 184,20 centavos, maior nível desde o final de outubro. Fundos cobriram posições vendidas na medida em que os prêmios no mercado físico brasileiro dispararam para os maiores patamares em cerca de uma década.
O Brasil exportou 2,825 milhões de sacas de 60 quilos de café verde em janeiro, 5% menos na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.
Já o Rabobank diminuiu sua previsão para o superávit global de oferta na temporada 2023/24 para 1,6 milhão de sacas de 60 quilos, ante 4 milhões. O saldo global de oferta de café na temporada 2023/24 deve ficar quase equilibrado entre produção e consumo, já que a safra brasileira crescerá apenas ligeiramente este ano. A safra do Brasil foi estimada pelo banco em 67,1 milhões de sacas para 2023, em comparação com 63,2 milhões de sacas em 2022.
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Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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