Porto Alegre, 24 de junho de 2021 – Com preços recuando na Bolsa de Mercadorias de Nova York e com o dólar abaixo de R$ 5,00, o mercado brasileiro de café não deve apresentar grandes movimentações. Os preços tendem a perder terreno.
O mercado teve uma quarta-feira de preços firmes, de estáveis a mais altos. A subida do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) deu suporte às cotações no Brasil. E assim o mercado esteve mais movimentado em relação aos últimos dias. Houve mais compradores, mas sem agressividade, com a cautela preponderando e com negociações conforme a necessidade.
No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em 820,00/825,00 a saca, contra R$ 815,00/820,00 do dia anterior. No cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 825,00/830,00 a saca, contra R$ 820,00/825,00 anteriormente.
Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 630,00/635,00 a saca, estável. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou em R$ 475,00/480,00 a saca, inalterado.
COLHEITA
* A colheita de café da safra brasileira 2021/22 está em 40% até o dia 22 de junho. O número faz parte do levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, a colheita estava em 34%.
* Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2021/22, de 56,5 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 22,86 milhões de sacas até o dia 22 de junho.
* A colheita está levemente abaixo do ano passado para o período (41%). Os trabalhos estão atrasados frente à média dos últimos 5 anos, que é de 44%.
* Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos avançam, com clima mais seco favorecendo a colheita e o beneficiamento do café. Tanto a colheita de arábica como de conilon mantém o bom ritmo, embora ainda atrasadas.
* A colheita de arábica chega a 27% da produção, contra 32% em igual época do ano passado e 35% da média histórica para o período. “O perfil segue positivo, tanto em termos de granação como da bebida. Mesmo assim, ainda é cedo para traçar um parecer mais seguro sobre a safra”, comenta.
* No conilon, os trabalhos já alcançam 63% da safra, em linha com igual período do ano passado. Porém, ainda aquém dos 69% de média para o período nos últimos 5 anos. “A maturação mais lenta, retardando o início dos trabalhos, e a safra maior deste ano explicam essa performance”, aponta.
NOVA YORK
*Os contratos com entrega em setembro registram desvalorização de 0,12% na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE), cotados a 153,65 centavos de dólar por libra-peso.
* A posição setembro/2021 fechou a quarta-feira a 153,90 centavos, elevação de 1,80 centavo, ou de 1,2%.
CÂMBIO
*O dólar comercial registra baixa de 0,4% a R$ 4,945. O Dollar Index registra perda de 0,02% a 91,78 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,01%. Tóquio, estável.
* As principais bolsas na Europa registram índices em alta. Paris, +1,06%. Londres, +0,64%
* O petróleo opera em baixa. Agosto do WTI em NY: US$ 72,65 o barril (-0,57%).
AGENDA
– Estimativa para a safra mundial de grãos – CIG, na parte da manhã.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (25/06)
– O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publica às 9h o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) referente a junho.
– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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