Mercado de boi segue com preços acomodados em grande parte do Brasil

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Porto Alegre, 26 de abril de 2024 – O mercado físico do boi gordo registrou mais uma semana de acomodação nos preços em grande parte do Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, essa dinâmica é válida para estados como Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais.

No Mato Grosso e em Tocantins as negociações seguem acima da referência média, com os frigoríficos encontrando maior dificuldade na composição das escalas de abate. Já em estados como Pará e Rondônia, os frigoríficos não encontram grandes dificuldades para se posicionar nas escalas e vem testando patamares mais baixos de preços, com a oferta de fêmeas seguindo representativa. Iglesias acrescenta que o bom volume de chuvas permitiu aos pecuaristas cadenciarem as negociações ao longo da semana, oferecendo sustentação aos preços em grande parte do país.

Os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 25 de abril:

* São Paulo (Capital) – R$ 230,00 a arroba, estável frente à semana anterior.

* Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, inalterado na comparação com a semana anterior.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 225,00 a arroba, sem mudanças frente à semana passada.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 225,00 a arroba, estável frente à semana passada.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 220,00 a arroba, avanço de 2,8% frente aos R$ 214,00 da semana anterior.

* Rondônia (Vilhena) – R$ 192,00 a arroba, baixa de 0,52% frente aos R$ 193,00 registrados na semana anterior.

Atacado

O mercado atacadista apresentou preços mistos no decorrer da semana. O quarto traseiro do boi baixou 2,78%, de R$ 18,00 por quilo para R$ 17,50 por quilo. O quarto dianteiro do boi seguiu em R$ 14,00 por quilo.

Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela queda dos preços no curto prazo, em um ambiente ainda pautado por uma lenta reposição entre o atacado e o varejo. Soma-se a isso o cenário traçado para a carne de frango e carne suína, que vem apresentando constante movimento de queda, reduzindo a competitividade da carne bovina no mercado interno.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 706,134 milhões em abril (15 dias úteis), com média diária de US$ 47,075 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 155,943 mil toneladas, com média diária de 10,396 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.528,20.

Em relação a abril de 2023, há alta de 61,2% no valor médio diário da exportação, ganho de 70% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 5,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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