Mercado de arroz se despede de janeiro em ritmo lento e com preços mais fracos

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Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2024 – O mercado do arroz encerrou o mês de janeiro com calmaria nos negócios e mantendo o ritmo de queda nos preços iniciado recentemente. “No Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, as cotações continuam enfraquecidas, influenciadas pela iminência da colheita, tendência de aumento das importações e a resistência da indústria em repassar custos, devido à pressão do varejo”, anumera o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.

Diante dos patamares de preços atuais, evidencia-se as dificuldades em repassar os custos reais aos setores de atacado e varejo, que já enfrentam uma redução nas vendas nos últimos meses. “Adicionalmente, os produtores estão ofertando os poucos lotes remanescentes, com o objetivo de liquidar estoques e liberar espaço para a chegada da nova safra”, completa o analista.

A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou o dia 31 de janeiro cotada a R$ 123,52, apresentando um recuo de 3,58% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período de dezembro, havia uma queda de 1,85%. E um aumento de 35,11% quando comparado ao mesmo período de 2023.

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No cenário internacional, destaque para a produção de arroz beneficiado da China, que deve atingir 144,620 milhões de toneladas no ano comercial 2023/2024 (início em julho de 2023), ante 145,946 milhões de toneladas no período anterior. As informações são do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A área colhida deve diminuir de 29,45 milhões de hectares, para 28,949 milhões de hectares.

As exportações deverão ficar em 2 milhões de toneladas em 2023/24, ante as 1,736 milhão de toneladas em 2022/23. O consumo doméstico foi previsto em 149,920 milhões de toneladas para 2023/24, ante 154,994 milhões de toneladas na temporada anterior. As importações devem somar 2 milhões de toneladas, ante 4,384 milhões de toneladas em 2022/23. Os estoques finais devem ficar em 101,3 milhões de toneladas em 2023/24, ante 106,6 milhões de toneladas em 2022/23.

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Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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