Mercado de arroz mostra calmaria, com disparidade entre preços de compra e venda

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O mercado brasileiro de arroz tem se mostrado calmo e com preços oscilando dentro de pequenas margens. Na média do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), principal referencial nacional, a saca de 50 quilos de cereal em casca encerrou cotada a R$ 76,33, estável em relação a semana passada, 1,31% mais baixo frente ao mesmo período do mês anterior e 1,02% inferior quando comparado ao mesmo período do ano passado.

     “Com a disparidade de preços de compradores e vendedores, as cotações do cereal têm oscilado de forma mista nos últimos dias”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira. “Boa parte dos vendedores não demonstram interesse na comercialização, aguardando melhores condições para voltar a negociar”, pondera.

      Ainda assim, apenas produtores com maior necessidade de caixa estão mais presentes no mercado. “Porém, negociando apenas lotes pontuais”, ressalta o consultor. Enquanto isso, as unidades domésticas de beneficiamento permanecem ofertando valores inferiores ou operando com os volumes em estoque.

     Outro fator que tirou um pouco do suporte do mercado foi a perda de força do dólar, que voltou a flertar com a casa de R$ 5,10. “Para estimular as exportações, é bom que fique acima de R$ 5,20”, comenta Evandro Oliveira.

Veja mais detalhes na Conversa com o Analista

     Saiu nesta semana o relatório de Perspectivas para a Agropecuária Safra 2022/23, divulgado pela Conab. No caso do arroz, a área cultivada deve apresentar uma nova redução na safra 2022/23. Com o elevado custo de produção, os agricultores tendem a optar por culturas que apresentam melhores estimativas de rentabilidade e liquidez, como milho e soja. Ainda assim, a produção na safra 2022/23 deve ficar em torno de 11,2 milhões de toneladas, dada a possibilidade de recuperação na produtividade em relação à 2021/22, que sofreu com a disponibilidade de recursos hídricos para o seu bom desenvolvimento.

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     Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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