Porto Alegre, 5 de fevereiro de 2021 – O mercado brasileiro de trigo manteve, nesta semana, a baixa liquidez e a pouca oscilação dos preços. Os agentes estão atentos aos sinais de que o governo argentino pode restringir suas exportações de trigo, afetando a oferta disponível ao Brasil. Assim, a indústria teria de buscar o grão em outras origens. Nos últimos dias os referenciais no FOB Porto da Argentina vêm recuando, favorecendo a aquisição do cereal. Por outro lado, o câmbio voltou a subir mais expressivamente na quinta-feira, minimizando uma possível retração das cotações, sustentando a competitividade do trigo nacional frente ao importado.
Rússia
A Rússia, um dos maiores exportadores de trigo, está preparando um mecanismo permanente de exportação de grãos, que deve ser lançado em 1o de abril. O presidente russo, Vladmir Putin, disse que há que se preparar um mecanismo de auxílio aos produtores de grãos. O governo tenta limitar o aumento dos preços internos de alimentos em meio à pandemia de covid-19.
USDA
O Brasil deve importar 6,3 milhões de toneladas em 2020/21. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 19/20, foram compradas 7,18 milhões de toneladas. Os estoques ao início de 20/21 são estimados em 807 mil toneladas.
A produção na temporada é projetada em 6,25 milhões de toneladas. Assim, a oferta é prevista em 13,557 milhões de toneladas. O consumo do país é estimado em 12,2 milhões de toneladas. Os estoques finais devem ficar em 607 mil toneladas.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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