Mercado brasileiro de suínos apresenta recuperação de preços

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     Porto Alegre, 7 de outubro de 2022 – O mercado brasileiro de suínos apresentou recuperação de preços na semana, tanto para o quilo vivo como para os principais cortes do atacado.

     Segundo o Analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, O viés para o curto prazo é positivo, considerando que os suinocultores apontam que a oferta de animais está ajustada frente a demanda existente no mercado. “Além disso, a reposição entre atacado e varejo está melhorando, com perspectiva de avanço nos próximos dias com a entrada da massa salarial”, afirma.

     Os frigoríficos ainda atuam de maneira reticente quanto as pedidas, mas a busca por recomposição de estoque deve favorecer a cotação do suíno. Apesar da perspectiva positiva, a preocupação é grande entre os suinocultores, principalmente entre os independentes, trabalhando com margens bastante deterioradas.

Preços

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 3,44% na semana, passando de R$ 5,86 para R$ 6,06. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado aumentou de R$ 9,77 para R$ 9,94, expansão de 1,68%. A carcaça teve alta de 2,33% na semana, passando de R$ 9,12 para R$ 9,33.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo aumentou de R$ 123,00 para R$ 130,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30. No interior do estado a cotação se avançou de R$ 6,05 para R$ 6,30.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,40. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,00 para R$ 6,30. No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 6,10 para R$ 6,30 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve alta de R$ 5,75 para R$ 5,85, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,30. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 6,00 para R$ 6,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 6,40 para R$ 6,80. No mercado independente o preço avançou R$ 6,50 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve alta de R$ 5,70 para R$ 5,80. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

Exportações

     As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 102,7 mil toneladas em setembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é 8,5% menor que o registrado no mesmo período de 2021, quando foram embarcadas 112,2 mil toneladas.

     No mesmo período comparativo, as vendas de carne suína alcançaram receita de US$ 244,3 milhões, resultado 4,5% menor que o registrado em setembro do ano passado, com US$ 255,8 milhões.

     “O preço médio das vendas internacionais de carne suína vem se recuperando significativamente desde junho deste ano. Em setembro registrou os preços médios em patamares próximos ao visto no ápice da crise internacional de Peste Suína Africana, quando houve maior pressão do mercado global por proteína animal. É uma sinalização positiva para o comportamento das exportações neste segundo semestre e para a minimização das perdas da suinocultura brasileira no primeiro semestre. Vale destacar também a diversificação de mercados ao longo de 2022, com o Brasil aumentando as exportações para países de todas as regiões do mundo”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

     No acumulado do ano, as vendas de carne suína alcançaram 825 mil toneladas, dado 5% menor em relação ao embarcado entre janeiro e setembro de 2021, com 868,8 mil toneladas. O total da receita acumulada nos nove primeiros meses de 2022 chega a US$ 1,851 bilhão, número 10,2% menor que o realizado no mesmo período de 2021, com US$ 2,061 bilhões.

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Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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