Porto Alegre, 22 de junho de 2023 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de retração nas negociações. Os consumidores devem manter o tom de aquisições pontuais, avaliando uma possível queda nos preços em breve, diante do avanço da colheita da safrinha. Os produtores, por sua vez, aguardam por oportunidades que consigam ofertar o cereal a preços mais altos, atuando de maneira comedida nas negociações. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago registra queda e o dólar tem baixa frente ao real, influenciando ainda mais em um cenário de comercialização travado.
A quarta-feira no mercado doméstico de milho teve com principal característica uma postura retraída por parte dos produtores na ponta vendedora, avaliando a evolução do clima e a piora das condições das lavouras dos Estados Unidos. Segundo a Consultoria SAFRAS & Mercado, os contratos futuros do milho, tanto na Bolsa de Chicago como na B3, estão em forte alta e a paridade de exportação está avançando.
Os consumidores estão mais ativos na busca por lotes em alguns estados no mercado spot, como é o caso de São Paulo e Paraná. Vale pontuar que os consumidores vinham adquirindo lotes pontuais apenas, antes do estresse atual, assinalou o analista Fernando Henrique Iglesias.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 65,00 (compra) a R$ 69,00 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 64,00/68,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 55,00/58,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 53,00/56,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 59,00/61,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 59,00/62,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 51,00/53,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 47,00/R$ 49,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/43,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em setembro de 2023 operam com baixa de 10,25 centavos, ou 1,64%, cotados a US$ 6,13 1/4 por bushel.
* O mercado realiza lucros frente aos ganhos extremamente expressivos da sessão anterior, que ultrapassaram 5%. Além disso, o cereal acompanha a queda nos preços do petróleo.
* Ontem (21), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 6,23 1/2 por bushel, alta de 30,50 centavo de dólar, ou 5,14%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro fechou a sessão a US$ 6,28 3/4 por bushel, avanço de 31,25 centavos de dólar, ou 5,23%.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra baixa de 0,02%, a R$ 4,7670. O Dollar Index registra valorização de 0,08% a 102,15 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia operaram com preços baixos. Xangai, feriado. Tóquio, -0,92%.
* As principais bolsas na Europa operam com preços fracos. Paris, -0,85%. Frankfurt, -0,53%. Londres, -0,86%.
* O petróleo opera em baixa. Agosto do WTI em NY: US$ 70,64 o barril (-2,60%).
AGENDA
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h pelo Departamento de Energia (DoE).
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (23/06)
– Japão: O índice de preços ao consumidor de maio será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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