Mercado brasileiro de milho deve ter dia de poucos negócios

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milho

Porto Alegre, 11 de outubro de 2023 – O mercado brasileiro de milho registrar uma quarta-feira de poucos negócios. No âmbito doméstico, segue o impasse entre produtores e consumidores em relação aos preços, travando a comercialização. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em queda. O dólar, por sua vez, registra baixa frente ao real.

O mercado brasileiro de milho apresentou preços fracos nesta terça-feira. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado foi pressionado pelo dólar em queda no Porto de Santos, sobretudo. Isso paralisou os negócios no interior.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 65,00/68,50 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 61,00/65,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 51,00/52,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 56,00/58,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 62,00/64,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 62,00/63,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 52,00/55,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 46,00/R$ 49,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 41,00/45,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro de 2023 operam com recuo de 1,25 centavo, ou 0,25%, cotados a US$ 4,84 1/4 por bushel.

* Em sessão volátil, o território oscila entre os territórios positivo e negativo. O avanço da colheita nos Estados Unidos e a fraca demanda pelo produto estadunidense pressionam as cotações. Além disso, o desempenho negativo do petróleo em Nova York complementa o quadro baixista.

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 8 de outubro, a área colhida estava em 34%. Na semana passada, eram 23%. Em igual período do ano passado o número era de 29%. A média para os últimos cinco anos é de 31%.

* Segundo o USDA, as lavouras de milho, até 8 de outubro, 53% estavam entre boas e excelentes, 29% em situação regular e 18% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, eram 53%, 29% e 18%, respectivamente.

* Os investidores também buscam um posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda de outubro, que será divulgado pelo USDA na quinta-feira (12). Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,1 bilhões de bushels de milho em 2023/24, ficando abaixo dos 15,134 bilhões de bushels indicados em setembro, mas acima dos 13,730 bilhões de bushels colhidos na temporada 2022/23.

* A produtividade média deve ficar em 173,5 bushels por acre, aquém dos 173,8 bushels por acre indicados em setembro, mas acima dos 173,3 bushels por acre colhidos na safra 2022/23.

* A área a ser colhida de milho deve ficar em 86,7 milhões de acres, inferior aos 87,1 milhões de acres estimados no mês passado, mas acima dos 79,2 milhões de acres registrados na temporada 2022/23. Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 norte-americanos devem ser indicados em 2,145 bilhões de bushels, abaixo dos 2,221 bilhões de bushels previstos em setembro.

* Para a safra global 2023/24, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 313 milhões de toneladas, acima das 314 milhões de toneladas apontadas em setembro. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2022/23 sejam apontados em 298,4 milhões de toneladas, inferior frente às 299,5 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

* Ontem (10), os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com baixa de 2,75 centavos, ou 0,56%, cotados a US$ 4,85 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com recuo de 2,50 centavos, ou 0,49%, cotados a US$ 5,01 1/4 por bushel.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra baixa de 0,29% a R$ 5,0407. O Dollar Index registra desvalorização de 0,10% a 105,72 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam firmes. Xangai, + 0,12%. Japão, + 0,60%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, -0,15%. Frankfurt, + 0,30%. Londres, + 0,17%.

* O petróleo opera em baixa. Novembro do WTI em NY: US$ 85,22 o barril (-0,87%).

AGENDA

– EUA: O FED publica a ata da última reunião de política monetária dos dias 19 e 20 de setembro.

—–Quinta-feira (12/10)

– Feriado no Brasil – Dia de Nossa Senhora Aparecida.

– Japão: O índice de preços ao produtor de setembro será publicado na noite anterior pelo BOJ.

– A AIE divulga o relatório mensal de petróleo de outubro.

– A OPEP divulga o relatório mensal de petróleo de outubro.

– Reino Unido: A balança comercial de agosto será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A estimativa mensal do PIB de agosto será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A produção industrial de agosto será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– EUA: O índice de preços ao consumidor de setembro será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h pelo Departamento de Energia (DoE).

– Relatório de outubro de oferta e demanda mundial e norte-americana para soja, milho, trigo e algodão – USDA, 13h.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (6/10)

– China: O índice de preços ao consumidor de setembro será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– China: O índice de preços ao produtor de setembro será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– China: A balança comercial de setembro será publicada à meia-noite pela alfândega.

– Eurozona: A produção industrial de agosto será publicada às 6h pela Eurostat.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– Dados sobre o desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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