Porto Alegre, 26 de setembro de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de negócios travados. Os agentes devem seguir com postura retraída nas negociações, tendo em vista o dólar caindo frente ao real e a Bolsa de Mercadorias de Chicago registrando baixa. As previsões de clima do Brasil e para os preços dos futuros também devem seguir no radar.
O mercado brasileiro do milho seguiu travado nesta quarta-feira, e com preços estáveis. Houve uma postura comedida tanto dos consumidores como dos produtores nas negociações. Assim como nos dias anteriores, as atenções estão voltadas para as previsões de clima do Brasil, para o câmbio, movimento dos futuros do milho e para a paridade de exportação.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 66,00/68,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 64,50/68,00 (compra/venda) a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 58,00/60,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 60,00/61,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 66,00/68,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 68,00/70,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 63,00/65,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 55,00/57,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 54,00/55,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em dezembro de 2024 operam com baixa de 0,75 centavo, ou 0,18%, cotados a US$ 4,14 1/2 por bushel.
* O mercado foi pressionado pelas fortes perdas do petróleo e pela menor demanda pelo grão. Além disso, de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os agricultores argentinos devem optar pelo plantio de soja no lugar do milho na safra 2024/25, por conta da maior rentabilidade da cultura e pela preocupação de uma doença de nanismo que pode afetar os milharais. O clima seco no Brasil, por outro lado, limitou maiores perdas. O mercado, por fim, também avaliou as vendas semanais de milho, que ficaram abaixo do esperado.
* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2024/25, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 535.100 toneladas na semana encerrada em 19 de setembro. A Colômbia liderou as compras, com 168.200 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 600 mil e 1,3 milhão de toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
* Ontem (25), os contratos com entrega em dezembro de 2024 fecharam com alta de 3,50 centavos, ou 0,85%, cotados a US$ 4,15 1/4 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2025 fecharam com avanço de 2,50 centavos, ou 0,58%, cotados a US$ 4,33 1/4 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra baixa de 0,70%, em R$ 5,4376. O Dollar Index registra desvalorização de 0,04% a 100,87 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços firmes. Xangai, + 3,61%. Japão, + 2,79%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mais altos. Paris, + 0,27%. Frankfurt, + 1,40%. Londres, + 1,92%.
* O petróleo opera em baixa. Novembro do WTI em NY: US$ 67,51 o barril (-3,12%).
AGENDA
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (27/09)
– Alemanha: A taxa de desemprego de setembro será publicada às 4h55 pelo Destatis.
– A FGV divulga, às 8h, o IGP-M referente a setembro.
– O IBGE divulga, às 9h, a PNAD Contínua referente a agosto.
– EUA: O índice PCE, que mede os gastos individuais, bem como os dados sobre a renda e gastos pessoais de agosto serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Comércio.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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