Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma terça-feira de firmeza nos preços. Aos poucos, a comercialização da safra avança devido a necessidade de composição de lotes por parte dos consumidores. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em alta, enquanto o dólar sobe frente ao real.
A segunda-feira foi de preços mais altos no mercado doméstico de milho. Os preços estão firme na maioria dos estados. Somente o Rio Grande do Sul esteve um pouco mais acomodado neste início de semana, mas as demais regiões estão com preços firmes e em alta, principalmente São Paulo, assinalou o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 77,00/80,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 78,00/80,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 72,00/74,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 78,00/80,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 82,50/85,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 71,00/74,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 72,00/73,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 68,00/R$ 70,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 66,00/68,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em março de 2025 operam cotados a US$ 4,92 3/4 por bushel, alta de 1,25 centavo de dólar por bushel ou 0,25% em relação ao fechamento anterior.
* O mercado digere a confirmação de tarifas de 25% para as importações norte-americanas de metais, que gerou perdas mais cedo. O temor é que ocorra uma retaliação contra os produtos agrícolas exportados pelos Estados Unidos. Porém, o cereal reagiu, sustentado pelo atraso na colheita de soja no Brasil, que pode comprometer parte da janela para o plantio de milho safrinha.
* Além disso, os investidores estão em compasso de espera pelo relatório de oferta e demanda de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta terça-feira (11).
* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que os estoques finais de passagem da safra 2024/25 norte-americanos devem ser indicados em 1,537 bilhão de bushels, contra os 1,54 bilhão de bushels indicados em janeiro.
* Para a safra global 2024/25, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 293,1 milhões de toneladas, inferiores às 293,3 milhões de toneladas indicadas no relatório do mês passado.
* A safra de milho do Brasil 2024/25 deverá ser indicada em 127 milhões de toneladas, sem mudanças frente ao relatório de janeiro. Já a safra da Argentina 2024/25 deve ser apontada em 49,6 milhões de toneladas, abaixo das 51 milhões de toneladas indicadas no relatório do mês passado.
* Ontem (10), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,91 1/2 por bushel, alta de 4,00 centavos de dólar, ou 0,82%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2025 fechou a sessão a US$ 5,04 1/2 por bushel, alta de 4,00 centavos de dólar, ou 0,79%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com alta de 0,09%, a R$ 5,7899. Dollar Index registra desvalorização de 0,04% a 108,28 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram fracas. Xangai, -0,12%. Japão, feriado.
* As principais bolsas na Europa operam com índices firmes. Paris, +0,02%. Frankfurt, +0,11%. Londres, +0,02%.
* O petróleo opera em alta. Março do WTI em NY: US$ 73,38 o barril (+1,46%).
AGENDA
– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.
– Relatório de fevereiro de oferta e demanda mundial e norte-americana – USDA/Wasde, 14h.
– O Cecafé) informa que divulgará, na terça-feira, 11 de fevereiro, a partir das 16h, o relatório mensal estatístico com a atualização dos embarques do produto em janeiro e nos primeiros sete meses do ano safra 2024/2025.
—–Quarta-feira (12/02)
– OPEP: O relatório mensal de petróleo será publicado pela OPEP.
– EUA: A leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro será publicada às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
– Japão: O índice de preços ao produtor de janeiro será publicado às 20h50 pelo BOJ.
—–Quinta-feira (13/02)
– OCDE: O relatório mensal sobre taxa de desemprego será publicado pela OCDE.
– AIE: O relatório mensal de petróleo será publicado pela AIE.
– O conglomerado de alimentação Nestlé publica seus resultados trimestrais.
– Alemanha: A leitura revisada do índice de preços ao consumidor de janeiro será publicada às 4h pelo Destatis.
– Reino Unido: A leitura preliminar do PIB do quarto trimestre será publicada às 4h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: A produção industrial de dezembro será publicada às 4h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: O saldo da balança comercial de dezembro será publicado às 4h pelo departamento de estatísticas.
– Eurozona: A produção industrial de dezembro será publicada às 7h pelo Eurostat.
– O IBGE divulga, às 9h, o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola de janeiro.
– Atualização da estimativa para a safra brasileira de grãos em 2024/25 – Conab, 9h.
– EUA: A leitura do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de janeiro será publicada às 10h30 pelo Departamento do Trabalho
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (14/02)
– Eurozona: A leitura preliminar do PIB do quarto trimestre será publicada às 7h pelo Eurostat.
– O IBGE divulga, às 9h, a Pnad Contínua trimestral.
– EUA: A produção industrial e capacidade utilizada de janeiro serão publicadas às 11h15 pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
– Resultado financeiro da Raizen, após o fechamento do mercado.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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