Mercado brasileiro de milho deve registrar mais um dia de fracas negociações

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Porto Alegre, 20 de agosto de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve registrar uma terça-feira de negócios mais fracos. Os consumidores devem seguir apenas adquirindo lotes pontuais, ao mesmo tempo que produtores fixam poucas ofertas. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa, enquanto o dólar sobe significativamente frente ao real.

O mercado brasileiro de milho registrou preços pouco alterados nesta segunda-feira. O dia foi calmo na comercialização. Destaque para a baixa do dólar, embora o cereal tenha avançado bem na Bolsa de Chicago (CBOT).

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 61,00/64,50 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 59,00/64,50 (compra/venda) a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 55,00/57,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 53,00/55,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 60,00/61,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 64,50/66,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 55,00/56,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 48,00/52,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 43,00/45,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em dezembro operam cotados a US$ 3,99 3/4 por bushel, baixa de 0,50 centavo de dólar, ou 0,12%, em relação ao fechamento anterior.

* O mercado se aproxima novamente dos menores preços desde 2020, em meio a uma grande oferta nos Estados Unidos. A forte concorrência do Brasil para atender a demanda limitada também pressiona as cotações. Além disso, segundo a Reuters, os agricultores norte-americanos estão esvaziando seus silos de grãos antes de uma colheita abundante esperada.

* No entanto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem que as condições das lavouras americanas de milho tiveram uma leve deterioração. Segundo o USDA, até 18 de agosto, 67% estavam entre boas e excelentes, 22% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana, era, 67%, 23% e 10%, respectivamente.

* Ontem (19), os contratos de milho com entrega em setembro de 2024 fecharam a US$ 3,78 por bushel, alta de 7,50 centavos de dólar, ou 2,02%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2024 fechou a sessão a US$ 4,00 1/4 por bushel, avanço de 7,75 centavos de dólar, ou 1,97%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,79%, cotado a R$ 5,4567. O dollar index (DXY) opera com desvalorização de 0,09% a 101,80 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistos. Xangai, -0,93%. Em Tóquio, +1,80%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, +0,11%; Frankfurt, -0,10% e Londres, -0,71%.

* O petróleo registra cotações mais altas. O WTI para setembro sobe 0,06% a US$ 74,42 o barril.

AGENDA

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

– Japão: O saldo da balança comercial de julho será publicado às 20h50 pelo ministério das Finanças.

—–Quarta-feira (21/08)

– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

– EUA: A ata da última reunião do Comitê Geral do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) será divulgada às 15h pelo Federal Reserve.

—–Quinta-feira (22/08)

– Eurozona: A ata da reunião do dia 18 de julho será publicada às 8h30 pelo BCE.

– Novo levantamento sobre a produção brasileira de cana-de-açúcar – Conab, 9h.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Japão: A leitura do índice de preços ao consumidor de julho será publicada às 20h30 pelo departamento de estatísticas.

—–Sexta-feira (23/08)

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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