Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de negociações lentas e preços altos. As cotações seguem subindo, diante de um cenário em que os produtores estão retraídos nos negócios e os consumidores ativos na procura pelo cereal. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em alta, enquanto o dólar cai frente ao real.
O mercado brasileiro de milho registrou preços firmes, de estáveis a mais altos, nesta quarta-feira. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado segue sustentado com dificuldades regionais para a obtenção de ofertas por parte dos compradores. Assim, altas foram observadas nos preços em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, destacou Molinari.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 78,00/80,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 78,00/80,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 75,00/77,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 83,00/85,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 86,00/87,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 73,00/75,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 75,00/76,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 71,00/R$ 75,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 66,00/68,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em março operam cotados a US$ 5,01 3/4 por bushel, alta de 4,25 centavos de dólar, ou 0,85%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado acompanha a soja e recupera parte das perdas acumuladas no pregão anterior, à medida que as altas temperaturas na América do Sul afetam a produção. O movimento é reforçado pela forte demanda de exportação dos Estados Unidos.
* Na Argentina, as temperaturas devem superar 35C nos próximos dias, impactando quase toda a área agrícola do país, de acordo com a Bolsa de Grãos de Buenos Aires. No Brasil, a seca tem causado atrasos no plantio do milho.
*Ontem (18), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,97 1/2 por bushel, baixa de 4,50 centavos de dólar, ou 0,89%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2025 fechou a sessão a US$ 5,12 1/4 por bushel, recuo de 3,50 centavos de dólar, ou 0,67%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 0,44%, a R$ 5,7004. Dollar Index registra desvalorização de 0,18% a 106,98 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,02%. Japão, -1,24%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, +0,63%. Frankfurt, +0,37%. Londres, -0,44%.
* O petróleo opera em alta. Março do WTI em NY: US$ 72,48 o barril (+0,31%).
AGENDA
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 14h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Resultado financeiro da B3 e da Rumo, após o fechamento do mercado.
– Japão: A leitura do índice de preços ao consumidor de janeiro será publicada às 20h50 pelo departamento de estatísticas.
—–Sexta-feira (21/02)
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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