Mercado brasileiro de milho deve encerrar semana com preços pouco alterados

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Porto Alegre, 12 de julho de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com preços pouco alterados. Há um quadro de pressão nas cotações por conta do avanço da colheita da safrinha. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa. O dólar, por sua vez, cai frente ao real.

O mercado brasileiro do milho registrou preços estáveis nesta quinta-feira. Segundo a Safras Consultoria, o mercado esteve travado no dia. Os consumidores seguem adotando postura retraída nas negociações, aguardando por preços mais fracos, avaliando a colheita da safrinha e os movimentos de queda recentes dos futuros (CBOT e B3) e do dólar. Os produtores estão fixando, mas de maneira comedida no decorrer desta quinta-feira, como acontece no Paraná e em são Paulo.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 61,00/63,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 57,00/60,00 (compra/venda) a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 52,00/54,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 51,00/52,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 56,00/57,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 64,00/65,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 52,00/53,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 43,00/45,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 38,00/41,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro estão cotados a US$ 4,07 1/4 por bushel, baixa de 3,50 centavos de dólar, ou 0,85%, em relação ao fechamento anterior.

* O mercado é pressionado pela expectativa dos dados de maior oferta nos Estados Unidos, que serão divulgados hoje, trazendo estimativas de oferta e demanda norte-americana e mundial para a temporada 2024/25. Os investidores operam em compasso de espera por este relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que também deve atualizar dados para a temporada 2023/24.

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,060 bilhões de bushels de milho em 2024/25, maior que os 14,86 bilhões de bushels indicados em junho e aquém do volume produzido na safra 2023/24, de 15,342 bilhões de bushels.

* Os estoques finais de passagem da safra 2024/25 norte-americanos devem ser indicados em 2,272 bilhões de bushels, contra os 2,102 bilhões de bushels indicados em junho. Para a safra 2023/24, os estoques finais de passagem devem ser elevados de 2,022 bilhões de bushels para 2,041 bilhão de bushels.

* Para a safra global 2024/25, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 312 milhões de toneladas, inferiores às 310,8 milhões de toneladas indicadas no relatório do mês passado. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2023/24 sejam apontados em 312 milhões de toneladas, abaixo das 312,4 milhões de toneladas indicadas em junho.

* Ontem (11), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 4,00 1/4 por bushel, alta de 4,50 centavos de dólar, ou 1,13%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2024 fechou a sessão a US$ 4,10 3/4 por bushel, ganho de 3,50 centavos, ou 0,85%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra baixa de 0,43%, em R$ 5,4175. O Dollar Index registra desvalorização de 0,14% a 104,30 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, + 0,03%. Japão, -2,45%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices firmes. Paris, + 0,80%. Frankfurt, + 0,39%. Londres, + 0,27%.

* O petróleo opera em alta. Agosto do WTI em NY: US$ 83,39 o barril (+0,93%).

AGENDA

– EUA: A leitura do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de junho será publicada às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Intenção de Plantio para soja, milho, algodão, arroz e feijão e estimativa para a safra de trigo do Brasil – Safras & Mercado, 12h.

– Relatório de julho de oferta e demanda mundial e norte-americana (Wasde) – USDA, 13h.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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