Porto Alegre, 24 de janeiro de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com preços estáveis. O quadro de oferta limitada e procura ativa pelo cereal deve seguir fazendo com que as cotações permaneçam no mesmo patamar. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera mista, enquanto o dólar sobe frente ao real.
O mercado manteve o quadro de estabilidade nas cotações na maior parte das regiões, com preços mais firmes na Região Sul. Segundo a Safras Consultoria, o quadro delimitado para a Região Sul ainda indica para alguma dificuldade na aquisição de lotes, com preços ainda elevados. No Oeste do Paraná foi relatado bom volume de negociações ao longo do dia, com os consumidores do estado buscando uma melhor posição.
No interior paulista, a quantidade de oferta aumenta, com consumidores locais ainda retraídos. Mesmo com a mudança de paridade cambial houve boa saída de milho para exportação no porto de Rio Grande.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 79,00/80,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 80,00/81,00 (compra/venda) a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 70,50/73,50 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 71,00/73,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 76,00/78,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 74,00/75,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 68,00/70,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 65,00/66,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 65,00/66,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em março de 2025 operam cotados a US$ 4,84 3/4 por bushel, perda de 5,00 centavos de dólar por bushel ou 1,02% em relação ao fechamento anterior.
* Os investidores aproveitam para realizar lucros, após o governo da Argentina anunciar que vai reduzir as taxas de exportação de grãos a partir de segunda-feira com duração até junho. Para o milho, vai recuar de 12% para 9,5%.
* Os contratos com vencimento em março de 2025 operam cotados a US$ 4,84 3/4 por bushel, perda de 5,00 centavos de dólar por bushel ou 1,02% em relação ao fechamento anterior.
* Ontem, o mercado foi sustentado pelo clima adverso nas lavouras da Argentina, que ameaçou o desenvolvimento do produto no país. No Brasil, o excesso de chuvas preocupou a região central, atrasando a colheita da soja em estados como o Mato Grosso, o que pode ameaçar a janela de plantio da segunda safra do cereal.
* Os planos do presidente Donald Trump de impor tarifas a vários parceiros mundiais também seguiu no radar do mercado. Além disso, os investidores avaliaram o cenário de demanda de milho voltado a produção de etanol nos Estados Unidos. A desaceleração do dólar frente a outras moedas correntes complementou o quadro positivo.
* Ontem (23), os contratos com entrega em março de 2025 fecharam com alta de 5,50 centavos, ou 1,13%, cotados a US$ 4,89 3/4 por bushel. Os contratos com entrega em maio de 2025 fecharam com avanço de 5,25 centavos, ou 1,06%, cotados a US$ 4,99 1/4 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra baixa de 0,65%, em R$ 5,8859. O Dollar Index registra desvalorização de 0,32% a 107,70 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistas. Xangai, +0,70%. Japão, -0,07%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, + 0,79%. Frankfurt, +0,16%. Londres, -0,36%.
* O petróleo opera com preços altos. Março do WTI em NY: US$ 75,03 o barril (+0,54%)
AGENDA
– Japão: A decisão de política monetária será publicada à meia-noite pelo BOJ.
– O IBGE divulga, às 9h, o IPCA-15 referente a janeiro.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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