Mercado brasileiro de milho deve encerrar semana com negócios cautelosos

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Porto Alegre, 8 de março de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com cautela nos negócios. A evolução da comercialização depende, no momento, do contexto da colheita, logística e armazenamento de cada região. É possível observar um avanço nos negócios em algumas regiões do país, enquanto em outras os agentes seguem com impasse em relação aos preços. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera com preços em baixa. O dólar, por sua vez, sobe frente ao real.

O mercado brasileiro de milho registrou preços mistos nesta quinta-feira. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado teve situações regionalizadas. No Sul houve estabilidade, São Paulo apresentou alguma alta, Minas Gerais baixas e o Centro-Oeste registrou cotações estáveis. “Dependendo de onde vai entrando a colheita, há movimento de preços”, apontou Molinari.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 56,00/65,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 55,00/64,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 54,00/57,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 60,00/62,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 64,00/65,50 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 55,00/57,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 56,00/58,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 53,00/56,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 41,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em março de 2024 operam cotados a US$ 4,35 por bushel, baixa de 3,00 centavos, ou 0,68%, em relação ao fechamento anterior.

* O mercado busca realizar parte dos lucros acumulados. O cereal é pressionado pela retração do petróleo em Nova York e pelo cenário fundamental de ampla oferta global. Até o momento, a posição maio/24 ainda acumula 2,2% de ganhos semanais. Caso confirmada, será a terceira alta semanal consecutiva.

* Os investidores operam em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para o mês de março, que será divulgado hoje, às 14h (horário de Brasília).

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que os estoques finais de passagem da safra 2023/24 norte-americanos devem ser indicados em 2,141 bilhões de bushels, abaixo dos 2,172 bilhões de bushels previstos em fevereiro.

* Para a safra global 2023/24, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 320,7 milhões de toneladas, abaixo das 322,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro.

*Ontem (7), os contratos com entrega em maio de 2024 fecharam com alta de 9,25 centavos, ou 2,15%, cotados a US$ 4,38 por bushel. Os contratos com entrega em julho de 2024 fecharam com avanço de 9,50 centavos, ou 2,15%, cotados a US$ 4,49 1/2 por bushel.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,85% a R$ 4,9756. O Dollar Index registra desvalorização de 0,05% a 102,77 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços firmes. Xangai, +0,62%. Japão, +0,23%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices fracos. Paris, -0,07%. Frankfurt, -0,23%. Londres, -0,54%.

* O petróleo opera em baixa. Abril do WTI em NY: US$ 78,43 o barril (-0,63%).

AGENDA

– EUA: O número de empregos criados ou perdidos pela economia (payroll) e a taxa de desemprego referentes a janeiro serão publicados às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Relatório de oferta e demanda dos EUA de março – USDA, 14h.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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