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Mercado brasileiro de arroz segue fraco e sem gatilho para mudanças

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Porto Alegre, 12 de dezembro de 2025 – O mercado brasileiro de arroz seguiu com a mesma dinâmica nesta semana, com estagnação, liquidez mínima e ausência quase total de compradores. “As negociações continuam pontuais e sem força, com preços estritamente nominais e sem qualquer sinal consistente de reversão no curto prazo”, pontua o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

 

O padrão indústria segue estabilizado entre R$ 48 e R$ 50 por saca de 50 quilos, enquanto o grão nobre permanece em R$ 55–57 a saca, ambos pressionados pelo excesso de oferta interna, demanda fraca e pela lentidão do varejo na recomposição de estoques.

 

O câmbio segue como principal vetor positivo do mercado. O dólar, apesar da queda de quinta-feira, permanece em torno de R$ 5,40 e reforça a competitividade do produto brasileiro no mercado externo, especialmente no porto de Rio Grande, onde o arroz em casca é negociado abaixo de US$ 11 a saca.

 

“Essa condição mantém as exportações como o eixo central de sustentação operacional do setor”, destaca o consultor. O fluxo externo permanece firme, com embarques relevantes tanto já realizados quanto programados.

 

Nos últimos dias, foram carregadas 17,4 mil toneladas de arroz em casca para a Venezuela e 28,8 mil toneladas para o México, enquanto novas cargas estão em execução: 27 mil toneladas de quebrados para o Senegal e 27 mil toneladas de casca para a Venezuela. Na segunda quinzena, mais 27 mil toneladas de casca seguirão para a Costa Rica.

 

Esse ritmo de escoamento confirma a prioridade da via externa para aliviar os estoques, ainda que o impacto dentro do país seja limitado pela persistência das importações e pela fragilidade da demanda. “Do ponto de vista macroestrutural, o mercado segue sem gatilhos reais de mudança”, lamenta Oliveira.

 

Para o analista, as exportações não são suficientes para corrigir o desequilíbrio do mercado interno enquanto o varejo permanece lento, os estoques continuam elevados e a indústria segue operando com margens negativas. “A pressão combinada de custos, endividamento, burocracia e concorrência desleal com importados mantém o ambiente carregado e sem espaço para reações sustentáveis”, finaliza.

 

A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou o dia 11 cotada a R$ 52,54, sem alterações em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, a baixa era de 2,24%, enquanto, em relação a 2024, a desvalorização atingia 48,46%.

 

Rodrigo Ramos/ Agência Safras News

 

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