Porto Alegre, 27 de outubro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mistos tanto para o frango vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado ainda se depara com firmeza em seus preços, com potencial para novos reajustes dos preços durante o último bimestre.
De acordo com Iglesias, a Influenza Aviária ainda é um ponto relevante de atenção. “O Brasil segue mantendo um amplo trabalho de testagem e de vigilância para impedir a incursão da doença em seu plantel comercial. O país tende a ampliar as precauções a partir de novembro, período em que inicia as migrações das aves do hemisfério norte para o hemisfério sul”, destaca.
Em relação ao mercado atacadista, o analista explica que o ambiente de negócios ainda vislumbra a possibilidade de alta dos preços no curto prazo, considerando o auge do consumo no mercado interno como grande motivador. “A carne de frango ainda conta com a preferência da parcela da população que possui menor renda”, afirma.
“Além disso, as exportações permanecem em alto nível, com o Brasil mantendo o posto de grande alternativa para o fornecimento global de carne de frango. O país possui boa capacidade de fornecimento, atendendo as exigências dos grandes consumidores”, analisa. “O cerne do problema deste final de ano está nos preços pagos pela carne de frango no mercado internacional, impactando nas receitas de exportação”, conclui Iglesias.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 451,726 milhões em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 32,266 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 252,382 mil toneladas, com média diária de 18,027 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.789,90.
Em relação a outubro de 2022, houve queda de 18,3% no valor médio diário, baixa de 5,6% na quantidade média diária e recuo de 13,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Preços internos
Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito no atacado teve aumento de R$ 8,60 para R$ 8,80, o quilo da coxa teve recuo de R$ 7,10 para R$ 6,80 e o quilo da asa teve estabilidade de R$ 11,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve alta de R$ 8,80 para R$ 9,00, o quilo da coxa decaiu de R$ 7,30 para R$ 7,00 e o quilo da asa continuou em R$ 11,80.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 8,70 para R$ 8,90, o quilo da coxa desvalorizou de R$ 7,20 para R$ 6,90 e quilo da asa seguiu em R$ 11,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve valorização de R$ 8,90 para R$ 9,10, o quilo da coxa teve baixa de R$ 7,40 para R$ 7,10 e o quilo da asa permaneceu em R$ 11,90.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 5,00 e, em São Paulo, de R$ 5,00.
Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação continuou em R$ 4,50 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 4,95, em Goiás em R$ 5,00 e no Distrito Federal em R$ 5,00.
Em Pernambuco, o quilo vivo teve estabilidade de R$ 5,20, no Ceará de R$ 5,20 e, no Pará, de R$ 5,10.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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