Porto Alegre, 8 de setembro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis a mais altos tanto para o frango vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços se firmaram e o mercado não registrou muita movimentação.
De acordo com o analista, a diminuição da oferta foi o principal motivo que permitiu a recuperação dos preços. Além disso, Iglesias destaca que os ajustes produtivos finalmente aconteceram. “Contudo, se os preços subirem muito e os produtores se animarem demais, é possível que o mercado se desregule novamente”, pontua.
Em relação a Influenza Aviária, o analista ressalta que é um ponto de atenção importante para os produtores, mas destaca que o Brasil segue sendo território livre da doença de acordo com a normativa da OMSA. “Manter a fiscalização é essencial”, diz.
Iglesias diz que, em setembro, o mercado deve trabalhar com preços um pouco mais acomodados, com uma leve perspectiva de recuperação nos preços. “Há um otimismo na avicultura, apesar do cenário ser desafiador. Não pode haver mais erros na oferta desse ano. Não adianta o custo cair se há prejuízo para o produtor igual”, conclui.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 754,259 milhões em agosto (23 dias úteis), com média diária de US$ 32,793 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 416,380 mil toneladas, com média diária de 18,103 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.811,50.
Em relação a agosto de 2022, houve queda de 9% no valor médio diário, avanço de 4,6% na quantidade média diária e recuo de 13% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Preços internos
Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito no atacado se manteve em R$ 7,40, o quilo da coxa teve alta de R$ 6,50 para R$ 6,70 e o quilo da asa de R$ 9,40 para R$ 10,35. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 7,60, o quilo da coxa subiu de R$ 6,80 para R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 9,60 para R$ 10,70.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 7,50, o quilo da coxa teve aumento de R$ 6,60 para R$ 6,80 e quilo da asa de R$ 9,50 para R$ 10,45. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 7,70, o quilo da coxa progrediu de R$ 6,90 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 9,70 para R$ 10,80.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 4,95 e, em São Paulo, de R$ 5,00.
Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação continuou em R$ 4,40 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 4,90, em Goiás em R$ 4,95 e no Distrito Federal em R$ 4,95.
Em Pernambuco, o quilo vivo teve estabilidade de R$ 5,20, no Ceará de R$ 5,20 e, no Pará, de R$ 5,10.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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