Porto Alegre, 24 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de arroz encerra a penúltima semana de julho com preços firmes. Na média do Rio Grande do Sul, estado referência para as cotações do cereal no país, a indicação ficou em R$ 65,50 por saca de 50 quilos no dia 23, ante R$ 64,85 por saca no dia 16. Em 30 dias, a alta acumulada é de 5,78%. Frente ao mesmo período do ano anterior, a diferença é de 52,17% positiva.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, a liquidez está baixa no mercado de arroz em casca neste mês, visto que produtores não têm ofertado o cereal. “Agendes de indústrias beneficiadoras têm feito esporádicas aquisições de pequenos volumes, apenas para repor estoques”, relata. “Isso porque as vendas do produto beneficiado estão lentas”, pondera.
No Rio Grande do Sul, a procura pela matéria-prima ainda é maior que a oferta, o que mantém o preço em patamares recordes. “Há bons volumes exportados durante a temporada, viabilizados pelo dólar elevado frente ao real e uma demanda global muito grande, devido às preocupações com segurança alimentar em plena pandemia de Covid-19”, frisa o analista.
No cenário internacional, destaque para a Argentina, que cultivou uma área de arroz de 190 mil hectares na safra 2019/20, 2,6% aquém dos 195 mil hectares registrados na temporada anterior (2018/19). Os números fazem parte de relatório mensal do Ministério da Agroindústria da Argentina. Em relação aos números apontados no relatório anterior, não houve alterações. O Ministério estimou a produção de arroz da Argentina na safra 2019/20 em 1,2 milhão de toneladas, estável frente à temporada anterior. Ante ao mês anterior, também há estabilidade.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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