São Paulo, 19 de fevereiro de 2020 – A Marfrig Global Foods (B3:MRFG3 e ADR Nível 1: MRRTY) apresentou na noite de ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu resultado fiscal do quarto trimestre e do ano de 2019.
A receita líquida atingiu 14,2 bilhões de reais, um avanço de 23,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado é reflexo de um momento excepcional para a Operação América do Norte, beneficiada por um mercado interno robusto e em crescimento, e para a Operação América do Sul, que transformou-se em 2019 na maior exportadora de carne bovina da região para a China, com um total de 13 plantas habilitadas — sete no Brasil, quatro no Uruguai e duas na Argentina.
O Ebitda Ajustado foi de 1,6 bilhão de reais, com crescimento de 70,2% em relação ao último trimestre de 2018 e margem de 11,4%. O Fluxo de Caixa Livre atingiu 1,1 bilhão de reais no período. E, entre outubro e dezembro de 2019, a Marfrig apresentou um lucro líquido de 26,9 milhões de reais, comparado a um prejuízo de 1,3 bilhão de reais registrado no quarto trimestre do ano anterior.
“Vivemos um trimestre de resultados extraordinários, que demonstram o acerto de nossa estratégia de foco, busca pela excelência operacional e investimento em um portfólio de produtos inovadores e alto valor agregado”, afirma Eduardo Miron, CEO Global da Marfrig Global Foods. “Os recordes do quarto trimestre contribuíram decisivamente para que a companhia cumprisse com o guidance prometido para 2019.”
No ano de 2019, a Marfrig registrou uma receita líquida consolidada de 49,9 bilhões de reais (contra um guidance na faixa entre 47 bilhões e 49 bilhões de reais) — um crescimento de 11,2% em relação ao ano anterior. O EBITDA Ajustado bateu recorde, atingindo 4,8 bilhões de reais, aumento de 33,7% na comparação com 2018. A margem EBITDA foi de 9,6%, contra 8% de 2018 e frente à um guidance de 8,7% a 9,5%. O fluxo de caixa livre — projetado entre 1 bilhão e 1,5 bilhão — chegou a 1,3 bilhão de reais. Este fluxo de caixa, permitiu a reversão de operações de capital de giro no último trimestre do ano, no valor de R$ 531 milhões.
O ano também foi pontuado por importantes movimentos estratégicos e societários. Em novembro, a Marfrig concluiu a operação de aumento de 30,73% de participação no capital da National Beef. Dessa forma, passou a controlar 81,73% do capital da companhia, quarta maior do mercado americano de carne bovina. Em dezembro, a Marfrig realizou uma operação de follow-on de 900 milhões de reais, recursos utilizados na redução do endividamento. O BNDES aproveitou a oferta e vendeu ao mercado a participação de 33% que detinha na Marfrig.
Operação América do Norte
No quarto trimestre de 2019, a Operação América do Norte da Marfrig obteve uma receita líquida de 2,3 bilhões de dólares (ou 9,6 bilhões de reais), crescimento de 10,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Alguns fatores levaram ao resultado: o contínuo aumento dos preços praticados no mercado doméstico dos Estados Unidos e o aumento da demanda por carne por parte dos consumidores americanos. O lucro bruto da operação atingiu 343 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais), avanço de 36,5% em bases anuais. A margem bruta saltou de 11,8%, no quarto trimestre de 2018, para 14,6% nos últimos três meses de 2019. E o EBTIDA chegou a 290,1 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais), com margem de 12,4%.
No ano de 2019, a receita líquida da Operação América do Norte foi de 8,9 bilhões de dólares, ou 35 bilhões de reais, uma expansão de 4,9% em relação a 2018. O lucro bruto atingiu 1,2 bilhão de dólares — expansão de 19,3%. O EBITDA registrou um crescimento de 11,1%, totalizando 982 milhões de dólares (ou 3,9 bilhões de reais).
Operação América do Sul
A Operação América do Sul da Marfrig — que inclui Brasil, Argentina, Uruguai e Chile — foi a principal beneficiária do aumento expressivo das exportações de carne bovina para a China. Com suas 13 plantas habilitadas — quatro delas em 2019 — a operação sul-americana obteve receitas líquidas de 4,6 bilhões de reais no quarto trimestre do ano. Trata-se de um crescimento de 34,3% em bases anuais. O resultado é fruto da conjunção do aumento de mais de 36% nos preços médios das exportações somado ao crescimento de quase 22% nos volumes vendidos ao exterior, pelo aumento dos preços no mercado brasileiro e pela desvalorização de 8,1% do real frente ao dólar.
O lucro bruto quase dobrou na comparação de 12 meses. Foram 655 milhões de reais nos três últimos meses de 2019. Além do cenário extremamente benigno para as exportações, fatores internos também contribuíram para o resultado. Entre eles, a otimização do footprint, com o fechamento de duas plantas e a transferência de produção para unidades mais produtivas, maior produtividade no uso da matéria-prima e controle de custos operacionais.
No acumulado do ano, a receita da operação chegou a 14,8 bilhões de reais — expansão de 7,3% na comparação com 2018. O lucro bruto foi de 1,7 bilhão de reais, 9,6% acima do registrado no ano anterior.
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