Porto Alegre, 13 de outubro de 2021 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços acentuadamente mais baixos. O cereal continuou digerindo o relatório de oferta e demanda de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que indicou aumento na estimativa de safra e de estoques de passagem da safra 2021/22, enquanto o mercado esperava cortes nos números. O avanço na colheita de milho no país também pressionou as cotações. Nem mesmo os sinais de fortalecimento na demanda contribuíram para reverter o cenário negativo.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 161.544 toneladas de milho para destinos não revelados. A entrega está programada para a temporada 2021/22.
Os Estados Unidos deverão colher 15,019 bilhões de bushels na temporada 2021/22, ante os 14,996 bilhões apontados em setembro e acima da estimativa do mercado, que previa uma produção de 14,948 bilhões de bushels. Os estoques finais de passagem da safra 2021/22 foram estimados em 1,500 bilhão de bushels, acima dos 1,408 bilhão previstos em setembro e à frente dos 1,421 bilhão de bushels previstos pelo mercado.
A safra global 2021/22 foi projetada em 1.198,22 milhão de toneladas, ante 1.197,77 milhão em setembro. O USDA elevou os estoques finais da safra mundial 2021/22 de 297,63 milhões de toneladas para 301,74 milhões de toneladas, enquanto o mercado previa volumes de 298,4 milhões de toneladas.
Os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 5,12 1/4 por bushel, baixa de 10,25 centavos de dólar, ou 1,96%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2022 fechou a sessão a US$ 5,22 por bushel, recuo de 10,00 centavos de dólar, ou 1,87, em relação ao fechamento anterior.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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