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Lula destaca acordo com empresários para aumentar teor de biocombustíveis e defende políticas econômicas do governo

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São Paulo, 25 de junho de 2025 – O presidente Luís Inácio Lula da Silva disse que o aumento das misturas obrigatórias de etanol na gasolina para 30% (E30), e de biodiesel no diesel para 15% (B15), em decisão foi tomada após a 2a reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), anunciadas nesta quarta-feira, representam a união que o brasil precisa. As medida entram em vigor a partir de 1º de agosto.

“Para todos vocês aqui, essa reunião é [sobre] o acréscimo do etanol na gasolina e do biodiesel no óleo diesel, o que é verdade. Mas para mim, essa reunião, tem um outro significado, que me fez pensar na fotografia. Essa reunião, essa composição que está aqui, ela pode ser a fotografia de um país que a gente precisa construir”, declarou Lula, em seu discurso na cerimônia do evento “O Combustível do Futuro Chegou”, que debateu a importância dos biocombustíveis na descarbonização do setor de transporte, realizado após a reunião do CNPE no Ministério de Minas e Energia, em Brasília.

O presidente disse que “se fosse ouvir apenas um lado das opiniões públicas, nós não teríamos feito o programa do biodiesel, porque naquela época havia aumento de alimento no mundo”. “Alguns na época culpavam a China e nós fomos descobrir que o problema não era a China, era o mercado futuro que estava inflacionando o alimento do presente. E muita gente dizia que, se fizéssemos o biodiesel, iríamos fazer com que faltasse alimentos no mundo inteiro e que o Brasil não poderia ter essa responsabilidade.”

Lula lembrou de uma discussão que teve com Fidel Castro, que era contra transformar soja em biocombustível. “Eu tinha que pensar no meu país, no tamanho do meu país, na sua capacidade tecnológica, que foi capaz de criar uma Embrapa e é um exemplo de que o Brasil não deve nada a ninguém em avanços tecnológicos e genéticos no campo.”

O presidente disse que “tinha consciência de que era necessário criar uma outra consciência” nos produtores agrícolas de que o Brasil não precisa desmatar para crescer. “Os números têm provado. A gente pode crescer 50% aumento apenas 5% de terra. Os avanços tecnológicos nos permitiram fazer com que a gente possa plantar mais e colher mais em menos terra.”

Lula disse que as terras degradadas podem ser recuperadas “plantando” e que “é plantando que vamos sequestrar o carbono”. “Então, não tem nenhuma possibilidade de alguém fazer discurso de que o biocombustível compete com o alimento. Se um dia acontecer isso, vocês serão os primeiros a pedir para parar, porque vocês sabem que é preciso comer mais do que produzir óleo diesel”, discursou.

O presidente Lula também mencionou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que disse que, “em um mundo conturbado”, em que há um presidente como ele, “que deveria primar pelo discurso, deveria pensar mais do que falar, ser menos internet e mais chefe de Estado, deveria pensar mais em livre comércio, em multilateralismo e na paz, o que se vê na imprensa é a necessidade de uma desgraçada de uma manchete” e que o Brasil já teve um presidente assim, “que não pensava no interesse do país”.

Nesse contexto, Lula disse que o seu governo não vai atender “nem os que estão na extrema direita, nem na extrema esquerda”. “Vamos atender sempre aquilo que é possível fazer. E é essa história que fez essa política dar certo.”

Na avaliação do presidente, o aumento da mistura dos combustíveis é uma política que poderia ter sido adotada antes dos 15 anos de intervalo entre o seu governo atual e anteriores e reclamou de outras políticas que foram descontinuadas, como Minha Casa Minha Vida e cultura. “Podíamos estar discutindo 20% ou mais, mas muitas vezes as pessoas pensam com o fígado e seguem a ideia de uma pessoa.”

“É a primeira vez que eu participo de um encontro e os empresários têm coragem de elogiar a política pública que está sendo anunciada pelo governo”, disse Lula. “Por que vocês sabem que, além de interessar a vocês, interessa sobretudo ao Brasil”.

Também participaram da cerimônia os ministros de Alexandre Silveira (Minas e Energia), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Jader Barbalho Filho (Cidades), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), o deputado federal Arnaldo Jardim; Clarice Coppetti, como presidente em exercício da Petrobras; Atonino Cardoso, presidente da União das Cooperativas da Agricultura Familiar do Estado de Alagoas (Unicafes-AL); Erasmo Battistella, diretor do Conselho da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil; Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).

Presidente defende política econômica do governo e rebate críticas à política fiscal

O presidente Luís Inácio Lula da Silva disse que uma parte da elite econômica do país “não aprendeu a ser grande” e defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e as políticas econômicas adotadas pelo governo. O presidente também rebateu críticas ao cumprimento das metas fiscais por sua gestão.

“Muitas vezes você faz uma reunião com empresário, você o atende em 99%, quando ele sai, elogia e depois você pergunta ‘tudo bem? não, foi suficiente’. Tem uma hora que é preciso deixar nossos interesses individuais de lado e pensar um pouco nesse país”, disse Lula, em seu discurso na cerimônia do evento “O Combustível do Futuro Chegou”, realizado após a reunião do CNPE no Ministério de Minas e Energia, em Brasília.

“Vocês sabem da seriedade do Haddad e como nós estamos há quase três anos tentando consertar a economia. Primeiro foi a PEC da Transição, depois o arcabouço fiscal, que nós tivemos coragem de dizer que, por mais que a gente arrecadasse, a gente não poderia gastar mais que 2,5%. E depois a reforma tributária, feita a 513 mãos na Câmara e a 81 mãos no Senado. Não é o que nenhum de vocês queria, nem o que eu queria, foi o possível. Então, eu queria que vocês entendessem que estamos tentando fazer o possível para esse país mudar de patamar. E vocês sabem que é difícil, sabem as cobranças que são feitas todo dia.”

Lula falou sobre as cobranças em relação o déficit fiscal. “Todo dia se fala de déficit fiscal. Quem é que se preocupou com déficit fiscal no governo passado? Qual é o empresário que foi à imprensa dizer que o Paulo Guedes estava desrespeitando o déficit fiscal?”

O presidente disse que, em suas gestões anteriores, foi o único presidente a fazer superávit primário durante todo o governo. “Eu fui presidente de 2003 a 2010 e o único país do mundo que fez superávit primário todo o governo fui eu. Por que ter seriedade com a economia não é fazer mágica, é saber que se a gente errar, o tombo pode ser pior. Eu sei o que é um tombo por que eu quebrei a minha cabeça num tombo.”

Lula disse que o Brasil “nunca se deu uma chance e a cada ano está pior” e que o melhor momento da economia do país foi na sua volta à presidência em 2023, e que será em 2024 e 2025 também, dizendo que esse foram os momentos que cresceu mais a rentabilidade dos empresários, a massa salarial e a inflação está controlada.

“Qual é o nosso déficit? Muitas vezes o que falta é o déficit de compreensão e de acreditar nesse país. Eu não preciso de nenhum técnico do FMI dizer para mim o que é responsabilidade fiscal. Eu tenho muita responsabilidade porque não morri de fome antes dos 5 anos de idade na terra que eu nasci, porque não tenho um diploma universitário mas sou o que mais acredita que é preciso investir em educação, senão a gente não dá um salto de qualidade. Um país analfabeto não vai pra frente.”

Lula encerrou o seu discurso prometendo uma reunião no final do ano para confirmar o crescimento do país. “Vamos nos transformar num país respeitado politicamente pelo mundo inteiro. Eu tenho orgulho de ser o presidente mais respeitado que esse país já teve. Quem viaja para o exterior sabe o respeito que esse país tem.”

Ministro de Minas e Energia ressalta avanço com segurança no E30 e B15 nos automóveis

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o avanço na política de aumento das misturas obrigatórias de etanol na gasolina para 30%, de 27,5%, conhecido como E30, e de biodiesel no diesel para 15%, de 14%, o B15, em decisão foi tomada após a 2a reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), presidido por ele. As medida entram em vigor a partir de 1º de agosto.

“Fizemos testes e estamos avançando com segurança no E30 e B15 em nossos veículos”, disse o ministro, em seu discurso na cerimônia do evento “O Combustível do Futuro Chegou”, que debate a importância dos biocombustíveis na descarbonização do setor de transporte, realizado após a reunião do CNPE no MME em Brasília.

Segundo Silveira, o preço da gasolina é menor que em 2022, quando vigorava a política de preços da Petrobras baseada no preço de paridade de importação (PPI). “O preço do litro da gasolina nas bombas era de R$ 6,49 em 2022 e, em maio de 2025, era de R$ 6,12. O PPI será substituído pelo PPE. Esse dinheiro significa aumento no poder de compra dos brasileiros”, discursou o ministro.

O chefe do MME avalia que o País estará preparado para enfrentar momentos de volatilidade internacional com as políticas adotadas pelo governo federal.

Ele também cobrou a ANP pela fiscalização dos teores das misturas de combustíveis. “Cobramos sempre da ANP que cumpra o seu papel de fiscalização. E agradeço ao setor privado pela doação de equipamentos para avaliar o teor da mistura dos combustíveis”, disse o ministro.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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