São Paulo, 6 de novembro de 2025 – A Vibra registrou lucro líquido de R$ 407 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 90,3% na comparação anual. O lucro líquido ajustado totalizou R$ 546 milhões, um recuo de 87,0% na comparação com terceiro trimestre do ano passado. A companhia disse que a queda anual é distorcido pelo valor relativo à Lei Complementar 194/22 no terceiro trimestre de 2024.
A receita líquida ajustada foi de R$ 48,6 bilhões no período, 4,6% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado diminuiu 9,1% no trimestre e somou R$ 1,8 bilhão.
O volume de vendas do segmento de Distribuição foi de 9,3 milhões de metros cúbicos (m3) no trimestre, número 1,4% inferior que o visto em igual período do ano passado. A margem ebitda ajustada do segmento foi de R$ 177 por m3, queda de 16,6%, em base de comparação anual. A margem ebitda ajustada recorrente caiu 6,5%, para R$ 159 por m3 na mesma base de comparação.
“No varejo, o desempenho foi consistente, com crescimento de 6% no volume médio mensal da rede em relação ao 2T25. As vendas somaram 5,8 milhões de m3, com destaque para o Ciclo Otto, especialmente gasolina, impulsionada pela retomada da mobilidade urbana”, comentou a empresa, em comunicado.
Em Renováveis, a Vibra teve receita líquida de R$ 1,7 bilhão, aumento de 47,8% em relação ao 3T24. O ebitda @stake foi de R$ 238 milhões no 3T25, 25% abaixo do 3T24. No ano, o Ebitda @stake foi de R$ 780 milhões. O guidance de Ebitda @stake da Comerc foi revisado para refletir o cenário desafiador de curtailment ao longo de todo o ano de 2025. “A Vibra mantém o foco na captação de sinergias e execução eficiente de projetos no segmento de renováveis, confiando no portfólio de alta qualidade da Comerc”, disse a empresa.
No segmento B2B, a Vibra comercializou 3,5 m3, com destaque para o crescimento do querosene de aviação (QAV), impulsionado pela evolução de contratos de longo prazo e pela expansão da base de clientes em segmentos premium. Em lubrificantes, a companhia registrou recorde histórico de vendas 81 mil m3, 13% acima de um ano antes, reforçando a estratégia de diversificação. Para impulsionar ainda mais a expansão desse segmento, foi criada uma estrutura dedicada ao negócio de lubrificantes, que terá Marcelo Bragança como CEO, fortalecendo governança e inovação.
Ao final do trimestre, a dívida líquida da Vibra era de R$ 18,75 bilhões, valor 101,6% maior que a dívida de R$ 9,30 bilhões o mesmo período de 2024. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, era de 2,7 vezes, ante 0,6 vez um ano antes e 0,2 vez menor na comparação trimestral. A queda sequencial foi atribuída ao fluxo de caixa operacional foi de R$ 3,5 bilhões, uma consequência do volume vendido pela companhia, além de eventos recorrentes da variação de capital de griro no período, reflexo do resultado obtido no trimestre anterior.
Em sua mensagem no relatório, o CEO da Vibra, Ernesto Pousada, destacou a execução consistente e avanços regulatórios: “O terceiro trimestre de 2025 foi marcado por mais um período de execução consistente e resultados sólidos. A Vibra registrou volume total de 9,3 milhões de m3, refletindo estabilidade e eficiência operacional em um ambiente de mercado equilibrado. O ebitda ajustado consolidado foi de R$ 1,8 bilhão, dos quais R$ 1,6 bilhão vieram do segmento de distribuição, com margem ebitda ajustada de R$ 177 por m3, reforçando a resiliência e a qualidade da performance comercial. O trimestre também foi destaque pela liberação de R$ 1,6 bilhão em capital de giro, que contribuiu para a redução de R$ 2,3 bilhões na dívida líquida, e 0,2 vez na alavancagem, totalizando 2,7 vezes no período. Esses resultados refletem a força do modelo de gestão da Vibra, que combina execução disciplinada, eficiência operacional e solidez financeira para sustentar o crescimento sustentável.”
“No campo regulatório e institucional, o trimestre foi marcado por avanços relevantes que reforçam um ambiente de negócios mais ético, competitivo e previsível para o setor de distribuição. As medidas de combate ao Carbono Oculto já abrangem 18 distribuidoras, representando cerca de 4% do mercado nacional, e seguem como referência de boas práticas e integridade. O projeto de lei do Devedor Contumaz, aprovado no Senado e em tramitação na Câmara, consolida um marco de segurança jurídica e justiça tributária, reconhecido também como pauta de segurança pública. Além disso, a ampliação da Solidariedade Tributária em estados como São Paulo, Bahia e Minas Gerais reforça o compromisso das autoridades com a isonomia e a integridade no setor, fortalecendo as bases para um crescimento sustentável”, destacou a empresa.
No segmento de distribuição de combustíveis, a empresa disse que manteve o foco em ampliar a rentabilidade e o ganho de escala. “Iniciamos um semestre em que a sazonalidade é favorável e continuamos empenhados em buscar excelência operacional e novas eficiências para a companhia. A margem ebitda ajustada recorrente já excluindo itens não recorrentes, recuperações tributárias e resultados com alienação de imóveis alcançou R$ 159 por m3, mesmo com perdas com inventários registradas no 3T25. Ao longo do trimestre, as margens permaneceram relativamente estáveis, com tendência positiva observada em outubro, quando se mantiveram acima da média do 3T25. Seguimos avançando em nossa estratégia de ganho gradual de market share, crescendo 0,1 p.p. em comparação com trimestre anterior e +0,4 p.p. versus o início de 2025.”
Reforçando seu compromisso com a transparência e a qualidade, a Vibra lançou a campanha O Barato que Sai Caro, que alerta consumidores sobre os riscos de abastecer em postos irregulares. “Confiança e qualidade são pilares do nosso negócio. Programas como o De Olho no Combustível garantem a procedência e a excelência dos produtos que chegam aos consumidores, fortalecendo a credibilidade da nossa rede”, disse Ernesto Pousada.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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