São Paulo, SP – A SLC Agrícola reportou lucro líquido de R$ 510,7 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), um aumento de 123,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O principal fator que contribuiu para essa variação foi o aumento de R$429,9 milhões no resultado bruto, disse a administração da SLC, no relatório trimestral.
“O primeiro trimestre foi consideravelmente melhor em relação ao 1T24. A soja destaca-se devido ao aumento da área plantada e recuperação de produtividade na safra 2024/25 frente a 2023/24, que foi impactada por intempéries climáticas”, acrescentou.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 34,0% no 1T25, totalizando R$ 943,6 milhões. Já a margem Ebitda ajustado atingiu 40,5% entre janeiro e março de 2025, alta de 4,5 ponto percentual (pp) frente a margem registrada em 1T24.
A receita líquida da SLC Agrícola somou R$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre, alta de 19,1% na comparação com igual etapa de 2024.
O Capex do período totalizou R$1,034 bilhão, sendo majoritariamente alocado na aquisição de terras, que representaram 81% dos investimentos ou seja, R$ 842 milhões (compostos por R$ 913 milhões, dos quais R$ 842 milhões foram contabilizados em terras e R$ 71 milhões referente a ajustes a valor presente). Adicionalmente, 12% foram destinados à aquisição de máquinas e equipamentos, e 7% restantes, a outros bens.
“O primeiro trimestre de 2025 da SLC Agrícola foi marcado pelo forte investimento no crescimento. No período, divulgamos a aquisição da Sierentz Agro Brasil Ltda., operação 100% em áreas arrendadas, adicionando em torno de 100 mil hectares de área plantada (primeira e segunda safra) para a safra 2025/26. Além disso, realizamos a aquisição de terras da Agricola Xingú, 39.987 hectares físicos, no estado da Bahia e 7.835 hectares físicos, no estado de Minas Gerais. Também realizamos a aquisição da participação de 47,8% do capital da SLC-MIT Empreendimentos Agrícolas S.A.”, comentou a empresa.
A geração de caixa no trimestre foi de R$1,4 bilhões negativos, principalmente devido ao pagamento de R$ 636,5 milhões relacionados à aquisição de terras (pagamento de R$180 milhões referente a última parcela da Fazenda Paysandu, R$361,5 milhões relativo à aquisição da fazenda Paladino e R$95 milhões da fazenda em Unaí/MG.) “Além disso, tivemos o pagamento dos insumos da safra e da última parcela de aquisição da participação minoritária na SLC LandCo, de R$ 280,9 milhões”, explicou a empresa.
Apesar da geração negativa de caixa, a relação Dívida Liquida/EBITDA Ajustado finalizou o
período em 2,27 vezes.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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