São Paulo, SP – A Santos Brasil divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 193,4 milhões, alta de 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). De janeiro a junho, o lucro líquido foi de R$ 391 milhões, alta de 22,6% em comparação ao mesmo período do ano passado (1S24).
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 456 milhões, alta de 35,2% em relação ao 2T24. De janeiro a junho, o Ebitda foi de R$ 952 milhões, alta de 44,6% em comparação ao mesmo período do ano passado (1S24). A margem Ebitda chegou a 51,8%, alta de 3,8 pontos percentuais em relação ao 2T24. De janeiro a junho, a margem Ebitda foi de 54%, alta de 5,1 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano passado (1S24).
A receita líquida foi de R$ 880 milhões, alta de 25,3% em relação ao 2T24. De janeiro a junho, a receita líquida foi de R$ 1,7 bilhão, alta de 30,9% em comparação ao mesmo período do ano passado (1S24).
A movimentação dos três terminais de contêineres e carga geral da Companhia foi de 766.288 contêineres nos 1S25, um crescimento de 9% na comparação anual. Nas operações do Tecon Santos, o aumento das importações foi relevante, principalmente, de bens de consumo, bens de capital, produtos químicos e autopeças. As exportações, embora em ritmo mais suave, também observaram crescimento no primeiro semestre de 2025, com destaque para commodities agrícolas e alimentícias, como algodão, papel, celulose, alimentos e bebidas em geral.
A estratégia de alocação de capital da Santos Brasil continua focada na maximização de valor dos ativos. Nos 6M25, a Companhia investiu R$ 244 milhões, destacando-se R$ 87 milhões em seus terminais de contêiner, R$ 27 milhões nos terminais de granéis líquidos, e R$ 6 milhões na Santos Brasil Logística. Os investimentos visam ampliar a capacidade dos ativos, adquirir equipamentos mais modernos, automatizar e inovar as operações, o que permitirá aumentar e aprimorar a oferta de serviços aos clientes, diminuir custos operacionais e reduzir as emissões de
carbono. A liquidez financeira da Companhia segue elevada e em patamar equilibrado, com uma posição de caixa da ordem de R$ 571,8 milhões e uma dívida líquida de R$ 2,1 bilhões, o que representa uma alavancagem de 1,33x, medida pelo indicador Dívida Líquida/ EBITDA Pro-forma 12 meses.
EXPORTAÇÃO
No 2T25, as exportações de contêineres cheios do Porto de Santos apresentaram retração de 3,3%, na comparação anual (YoY). Entre os principais destinos das exportações brasileiras, os Estados Unidos (+8,3% YoY) e a China (-15,4% YoY) continuaram sendo os maiores mercados. A redução dos embarques com destino à China ocorreu, principalmente, devido ao recuo nas exportações de algodão, que registraram queda de 19,7% em relação ao 2T24. Em relação ao mix de carga de exportação do Porto, os maiores crescimentos em relação ao 2T24 foram nos embarques de alimentos e bebidas (+39,5% YoY), máquinas e equipamentos (+12,4% YoY) e carne bovina (+7,1% YoY). Por outro lado, observou-se desaceleração nas exportações de algumas commodities relevantes, como café
(-16,5% YoY), açúcar (-8,1% YoY) e papel e celulose (-7,5% YoY), com menores embarques para os principais parceiros comerciais do Brasil, e.g. Estados Unidos, China, países da América Latina e da Europa.
IMPORTAÇÃO
No 2T25, o volume de contêineres cheios de importação no Porto de Santos cresceu 14,6%, na comparação anual (YoY). A China se manteve como o principal país de origem das cargas importadas, respondendo por 36,7% do total (vs. 35,3% no 2T24), com incremento de 19,3% YoY. Os principais produtos importados desse mercado foram insumos químicos, máquinas e equipamentos, além de plásticos e resinas. As importações dos Estados Unidos apresentaram crescimento de 12,3% YoY, representando 11,9% do total importado, sendo os principais destaques, produtos químicos, plásticos, resinas, máquinas e equipamentos. Outros países que também ampliaram sua relação
com o Brasil como origem das importações do Porto de Santos foram: (i) Tailândia (+50,5% YoY); (ii) Japão (+37,5 YoY); e (iii) México (+22,6 YoY), com as importações de peças de automóveis e aeronaves, máquinas e equipamentos, metais, químicos e borracha como destaques.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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