São Paulo, SP – A Prio registrou lucro líquido 54% menor no segundo trimestre de 2025 (2T25) em relação ao mesmo período do ano passado, a US$ 122,5 milhões, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira (5), em dado que considera ajustes pela norma IFRS-16.
No acumulado do ano, o lucro da companhia ficou estável em relação ao dos seis meses de 2024, totalizando US$ 498,5 milhões, em dado que desconsidera ajustes pela norma IFRS-16.
O resultado operacional da petroleira, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), apresentou queda de 57% na base anual, para US$ 260 milhões, de acordo com o balanço da companhia. A margem Ebitda da Prio afundou 30 pontos percentuais, para 55%, no mesmo período.
No trimestre, o desempenho financeiro da Prio foi impactado principalmente pela redução da receita, reflexo da queda de 22% no preço do Brent em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o volume de vendas diminuiu 4% frente ao 2T24. A maior participação do campo de Peregrino nas vendas, responsável por 44% do volume total comercializado, também influenciou o preço médio de realização, uma vez que o ativo opera com um desconto médio superior ao dos demais campos. Com isso, a Prio registrou receita total de US$ 508 milhões e receita líquida de US$ 470 milhões no trimestre, redução de 30% e 33%, respectivamente, em comparação ao 2T24.
A produção petrolífera total da Prio foi de 100,1 mil bpd teve um aumento de 11,4% quando comparada ao mesmo período de 2024, e recuou 8,4% em relação ao primeiro trimestre de 2025. O crescimento anual é devido à aquisição dos 40% do campo de Peregrino e a redução trimestral é explicada, principalmente, pela parada programada e falha no sistema de compressão de gás de Frade no momento do retorno da planta. Com isso, o volume produzido no campo de Frade no trimestre foi inferior em 51% e 40% na comparação com 2T24 e 1T25, respectivamente.
O lifting cost do 2T25 apresentou um aumento de cerca de 81% em relação ao 2T24 e de 8% em relação ao 1T25, devido, principalmente, ao campo de Peregrino, adquirido em dezembro de 2024, que atualmente possui um lifting cost significativamente superior aos ativos operados pela companhia, e à redução da produção do campo de Frade no trimestre.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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