São Paulo, SP – A PetroReconcavo divulgou na noite de ontem (19) o balanço do quarto trimestre de 2024, com lucro líquido ajustado de R$ 181 milhões, queda de 3% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido ajustado foi de R$ 680 milhões, queda de 4% em comparação a 2023. O lucro operacional do ano foi de R$ 948 milhões, aumento de 39% em relação a 2023, e de R$ 243 milhões no trimestre, aumento de 3% versus o trimestre anterior.
O Ebitda foi de R$ 402 milhões, alta de 63% em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda foi de R$ 1,643 bilhão, alta de 29% em comparação a 2023. A margem Ebitda foi de 47,8%, alta de 12 pontos percentuais em relação ao 4T23. Em 2024, a margem Ebitda foi de 50,3%, alta de 4,9 pontos percentuais em comparação a 2023.
A receita líquida foi de R$ 843 milhões, alta de 22% em relação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida foi de R$ 3,264 bilhões, alta de 16% em comparação a 2023.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 585 milhões no ano, e negativo em R$ 257 milhões no trimestre, em função, principalmente, do aumento na variação cambial dos passivos denominados em moeda estrangeira. O caixa gerado pelas atividades operacionais totalizou R$ 2,2 bilhões no ano e R$ 607 milhões no trimestre, aumento de 59% na comparação anual e de 17% em relação ao trimestre anterior.
A Dívida Líquida encerrou 2024 em R$ 1,3 bilhão, aumento de 49% em relação ao saldo de 2023. A relação Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses, de 0,80x, e o prazo médio de 4,2 anos.
A produção média registrada em 2024 foi de 26,3 mil boe/dia, aumento de 1% em relação a 2023, ficando 4,9% e 7,6% abaixo da produção média 1P e 2P da certificação de reservas 2023 respectivamente. A produção do trimestre foi de 26,3 mil boe/dia, estável em relação ao trimestre anterior, sendo a produção média composta por 57,9% de óleo e 42,1% de gás.
A Companhia encerrou o ano com contratos de demanda firme para volumes com entregas de, aproximadamente, 1.430 mil m/dia para distribuidoras estaduais de gás natural na região Nordeste. Para o ano de 2025, o volume contratado é de 1.530 mil m/dia, com isso, aproximadamente 87% da produção de gás média em 2024 (equivalente a 37% da produção total) está vinculada a contratos de longo prazo, que incluem cláusulas de preço mínimo e máximo ou preço fixo. Esse modelo contratual atua como um hedge natural para a Companhia, garantindo previsibilidade e
proteção contra oscilações no preço do Brent.
O custo médio de produção do 4T24 foi de US$ 14,52/boe, aumento de 5% em relação ao 3T24. Já o custo médio de produção foi de 2024 de US$ 13,60/boe, aumento de 4% em relação a 2023, refletindo aumento dos custos.
As despesas financeiras, por sua vez, cresceram 25% no trimestre e 121% no ano devido ao aumento na dívida bruta da Companhia com as novas emissões de Debêntures, despesas associadas à liquidação antecipada de dívidas anteriores, bem como por conta do aumento nas taxas de juros brasileiras (Selic) e internacionais (SOFR).
RELATÓRIO DE RESERVAS
A companhia também divulgou a certificação de reservas, com data base de 31 de dezembro de 2024, elaborado pela certificadora independente Netherland, Sewell & Associates, Inc. NSAI. As reservas brutas de participação Provadas + Prováveis (2P) da companhia totalizam 183,8 milhões de barris de óleo equivalente e um valor presente líquido (PV10) de US$ 2,7 bilhões. Esta certificação inclui as reservas dos campos que compõem os Ativos Potiguar e Bahia.
Com um PV10 no valor de US$ 2,7 bilhões, as reservas brutas de participação Provadas (1P) correspondem a 79% das Reservas 2P e 6 milhões de barris são classificados como reservas provadas desenvolvidas em produção (PDP).
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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