Porto Alegre, 8 de março de 2024 – A Petrobras divulgou ontem (7) o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 31,043 bilhões, queda de 28,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 124,6 bilhões, recuo de 33,8% em relação a 2022. Segundo o relatório da companhia, o resultado foi impactado, principalmente, pelo aumento das margens de derivados e dos volumes de óleo. Por outro lado, as despesas operacionais aumentaram, principalmente devido a maiores gastos com impairment e abandono de áreas. Observamos também um resultado financeiro mais favorável, principalmente devido à valorização do real frente ao dólar. Além disso, o imposto de renda apurado foi menor.
O lucro líquido recorrente foi de R$ 40,9 bilhões, queda de 6,3% em relação ao último trimestre de 2022. Em 2023, o lucro líquido recorrente foi de R$ 136 bilhões, queda de 24,2% em relação a 2022.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 66,852 bilhões, queda de 8,5% em comparação ao mesmo periodo de 2022. Em 2023, o Ebitda ajustado foi de R$ 262 bilhões, queda de 23% em relação a 2022.
Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o Ebitda ajustado cresceu 1%, influenciado por maiores despesas com abandono, compensada por maior margem de derivados e maiores volumes de óleo no resultado.
A receita líquida foi de R$ 134,2 bilhões, queda de 15,3% na comparação com o mesmo período de 2022. Em 2023, a receita líquida foi de R$ 511 bilhões, queda de 20,2% em relação a 2022.
Segundo a companhia, a queda da receita e reflexo, principalmente, devido à queda de 18% do preço do Brent e dos crack spreads de derivados, especialmente do diesel. Apesar desses desafios, a estatal ressaltou que tais impactos negativos foram parcialmente mitigados pelo aumento do volume de petróleo comercializado ao longo do período, com destaque para o crescimento nas exportações.
Durante 2023, os principais produtos comercializados continuaram sendo o diesel e a gasolina, equivalentes a aproximadamente 74% da receita com a venda de derivados no mercado interno. No 4T23, apesar dos menores volumes de vendas no mercado interno, impactados pela sazonalidade do diesel,
Cuja demanda é usualmente mais elevada no terceiro trimestre, houve crescimento nas receitas em comparação com o 3T23, o que pode ser explicado pelos maiores preços médios de derivados praticados durante o último trimestre de 2023.
A dívida líquida em 31 de dezembro de 2023 era de US$ 44,698 bilhões, alta 7,7% em relação a 2022, principalmente em função do aumento dos arrendamentos no período. O prazo médio da dívida passou de 12,07 anos em 31/12/2022 para 11,38 anos em 31/12/2023 e o seu custo médio variou de 6,5% a.a. para 6,4% a.a. no mesmo período. Já o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,85 vez em dezembro de 2023, alta de 0,22 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.
Em 2023, os investimentos totalizaram US$ 12,7 bilhões, representando um aumento de 29% em relação a 2022, em decorrência, principalmente, de maiores gastos em grandes projetos do pré-sal, em especial nos novos sistemas de produção do campo de Búzios e na Revitalização do campo de Marlim, além de maiores investimentos em paradas programadas do refino.
As informações são da Agência CMA.
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Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência Safras
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